CASO UNICAMP

Trinta participaram de morte de estudante e 3 são indiciados

Envolvidos espancaram e observaram agressões sem prestar socorro; dois menores são acusados

Moara Semeghini
moara.semeghini@rac.com.br
03/10/2013 às 13:58.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:13
Maria Tereza está presa há seis dias ( Leandro Ferreira/AAN)

Maria Tereza está presa há seis dias ( Leandro Ferreira/AAN)

Além da atendente de telemarketing Maria Tereza Peregrino e seu namorado, Anderson Marcelino Ferreira Mamede, André Ricardo de Souza Motta, de 22 anos, foi indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado pelo assassinato do universitário Denis Papa Casagrande, durante uma festa no campus da Unicamp, em Campinas, na madrugada do dia 21 de setembro. A pena para o crime é de 12 a 30 anos de prisão. Além deles, dois menores de 15 e 16 anos que participaram do espancamento do estudante foram acusados de ato infracional por homicídio. A conclusão das investigações foi apresentada na tarde desta quinta-feira (3) pela Polícia Civil de Campinas em entrevista coletiva no Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP). Segundo a polícia, 30 pessoas participaram da morte de Dennis, os que não bateram, observaram e até incentivaram as agressões, sem prestar socorro. Além da atendente de telemarketing Maria Tereza Peregrino e seu namorado, Anderson Marcelino Ferreira Mamede, André Ricardo de Souza Motta foi indiciado por homicídio doloso duplamente qualificado pelo assassinato do universitário Denis Papa Casagrande, durante uma festa no campus da Unicamp, em Campinas, na madrugada do dia 21 de setembro. Além deles, dois menores de 15 e 16 anos que participaram do espancamento do estudante foram acusados de ato infracional por homicídio. A conclusão das investigações foi apresentada na tarde desta quinta-feira (3) pela Polícia Civil de Campinas em entrevista coletiva no Setor de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP). Segundo a polícia, 30 pessoas participaram da morte de Dennis, os que não bateram, observaram e até incentivaram as agressões, sem prestar socorro. Segundo a conclusão do inquérito, Maria Tereza Peregrino foi urinar nas proximidades do Ciclo Básico da Unicamp, onde a festa ocorreu quando duas pessoas passaram por perto mexeram com ela. Dennis estava próximo a Maria Tereza, que irritada, começou a discutir com o estudante. O estudante chegou a oferecer uma bebida para que Maria Tereza 'se acalmasse'. A atendente de telemarketing chamou os amigos, todos punks, e começou um empurra-empurra para cima de Dennis. Foi então que Maria Tereza deu a facada no coração do universitário. Segundo as testemunhas do caso, mesmo ferido, Dennis chegou a correr do grupo de punks, mas caiu e começou a ser espancado. Anderson, namorado de Maria Tereza, André Ricardo de Souza Motta e mais dois menores chutaram o universitário por todo o corpo, diversas vezes, inclusive na cabeça. Anderson também bateu no universitário com um skate. As outras trinta pessoas que assistiam as agressões, não prestaram socorro à vítima e algumas ainda incentivaram a cena, como um 'enxame negro' em volta de Dennis – segundo relato das testemunhas, pois o grupo todo se veste de preto. Ainda segundo o inquérito, mesmo depois de ter sido atingido pela faca, Dennis poderia ter sobrevivido as pessoas que assistiam ao espancamento tivessem prestado socorro. A maior parte das testemunhas, presentes hoje na conclusão do inquérito, choravam ao lembrar que Dennis ainda tentou apaziguar a situação e, em nenhum momento, incentivar a discórdia ou provocar os assassinos. Ainda de acordo com as testemunhas, Maria é a 'chefe' da gangue de punks, e ela incentivava os agressores a continuar batendo. As informações são de Luciana Félix/AAN

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