Renato Camargo Sampaio, pai do estudante assassinado. fez um protesto pacífico ontem no Fórum local r ( Del Rodrigues)
Três pessoas foram ouvidas nesta segunda-feira (23) no Fórum de Piracicaba - duas testemunhas e um investigador - no caso do estudante campineiro Mário dos Santos Sampaio, 22, assassinado a facadas dentro de um restaurante da praia da Enseada, Guarujá, após a discussão por conta de uma diferença de R$ 7 na hora de acertar a conta. As testemunhas, que estavam no restaurante na noite do crime - por volta das 19h30 - procuraram a DIG de Piracicaba nove dias após o fato, para dar declarações, porque haviam sido informadas sobre o apelo da polícia no sentido de que pessoas que estavam no local naquela noite pudessem esclarecer o que aconteceu. O investigador Lendro Miki, do 7º Distrito Policial de Piracicaba, que naquela ocasião trabalhava no Guarujá por conta da Operação Verão, disse à Gazeta que foi o primeiro a chegar no restaurante, junto com outro investigador e o delegado da cidade litorânea. “Recolhemos dois computadores que estavam no restaraunte e que foram encaminhados para a perícia”, explicou o policial Civil. Nesta segunda, ele só confirmou ao juiz o que havia dito no inquérito. Enquanto a Justiça ouvia as versões dos três moradores de Piracicaba, do lado de fora do Fórum o pai do estudante morto - Renato Camargo Sampaio - fez um protesto pacífico.Ele e outros dois primos de Mário Sampaio - Renan e Roberto - usando camisetas com a foto da vítima, colocaram faixas na grade do Fórum, à rua Bernardino de Campos, pedindo o fim da impunidade e alertando a Ordem dos Advogados do Brasil para que escolham melhor seus representantes. Renato Sampaio disse que a intenção foi “mais uma vigília para o pessoal ver que não estamos dormindo”. “Temos de acompanhar tudo por causa da farsa inicial. Advogados ganham para defender criminosos e houve muita distorção do que realmente aconteceu. Tanto que até sumiram com as imagens do crime, que depois apareceram”, relatou. No dia 15 de outubro ele vai para o Guarujá acompanhar a segunda audiência sobre o caso: “Já era para ter acontecido, mas como havia muita gente para ser ouvida não deu tempo. Agora vai acontecer e nós estaremos lá. Queremos que vejam que estamos acordados para que a coisa ande”. O CRIMEOs acusados de matar o estudante Mário Santos Sampaio, com três facadas, são o comerciante José Adão Ferreira Passos e o filho dele Diego Souza Passos, que continuam presos, segundo apurou a Gazeta. Um garçom que é acusado também responde ao processo em liberdade. O motivo do crime teria sido a discussão por causa da diferença de R$ 7 na conta do restaurante.Mário Sampaio, segundo apurou a polícia, foi jantar no restaurante acompanhado de três amigos e a namorada. A confusão começou quando a vítima foi pagar a conta e recusou o preço de R$ 19,99, alegando que o valor divulgado era de R$ 12,99. A atendente do caixa, segundo as testemunhas, chamou o gerente do restaurante e eles começaram a discutir. Em seguida, o dono da churrascaria, que é pai do gerente, disse que aceitava o valor de R$ 12,99. Porém, ainda segundo a polícia, o gerente passou a ameaçar o jovem, dizendo que ele o aguardaria do lado de fora do estabelecimento. Para evitar a confusão, o turista não saiu de dentro do restaurante e chamou a Polícia Militar. Neste momento, o gerente do estabelecimento e outros três garçons teriam começado a agredir o rapaz com vários socos. De acordo com a polícia, ao ver a briga, o dono do restaurante foi até a cozinha, pegou uma faca e golpeou o turista com três facadas nas costas.“Só queremos a Justiça e por isso vamos acompanhar o caso até o fim”, completou Renato Sampaio.