PARALISAÇÃO GERAL

Servidores do Judiciário decidem manter a greve

Lideranças do movimento prometem "uma caça à presidente Dilma" para protestarem contra o veto presidencial e cobram uma posição de Lewandowski

Agência Estado
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22/07/2015 às 18:21.
Atualizado em 28/04/2022 às 17:18

Em Assembleia Geral, os servidores do Judiciário do Distrito Federal decidiram na tarde desta quarta-feira (22) manter a greve gerada pela insatisfação com o veto presidencial em relação ao projeto de lei que concedia reajuste salarial de até 78,56% para a categoria. A proposta derrotada na assembleia era por uma pausa na greve durante o recesso no Congresso Nacional e a retomada do movimento após a volta dos parlamentares às atividades na capital federal. As lideranças do movimento prometem "uma caça à presidente Dilma" para protestarem contra o veto presidencial. "Nossos batalhões de grevistas vão monitorar todas as agendas da presidente Dilma e vamos fazer protestos aonde quer que ela vá. Também estamos cobrando que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, venha a público se posicionar sobre essa agressão ao poder Judiciário", afirmou o coordenador-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Adilson Rodrigues Santos. Mais de 30 sindicatos em todo o País estão se reunindo hoje e devem deliberar pela intensificação da paralisação. Veto ao aumento Durante esta tarde, os servidores do Judiciário participaram da Assembleia Geral do Sindijus do Distrito Federal para deliberar pela continuidade e intensificação da greve dos servidores do Judiciário, após o veto integral da Presidência da República ao projeto aprovado no Congresso que reajustava em até 78,56% os salários da categoria.De acordo com o coordenador-geral, os diretores de praticamente todos os sindicatos encaminharão pela endurecimento da greve, com uma paralisação maior nas atividades de oficiais de justiça e com a distribuição apenas de processos urgentes que, se ficarem parados, possam acarretar a sua prescrição. "A autonomia do Judiciário está sendo atacada e os nossos salários estão sem aumento há nove anos. As razões do veto da presidente são uma agressão à nossa inteligência. Não é possível que a presidência justifique que um projeto originado no próprio âmbito do Judiciário seja inconstitucional. O governo nem mesmo negociou uma alternativa, apenas vetou o projeto", disse o sindicalista.O servidores também prometem pressionar deputados e senadores pela derrubada do veto presidencial.

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