NA RMC

Furtos de catalisadores de carros tornam-se corriqueiros na região de Campinas

Apenas no 7º Distrito Policial, em Barão Geraldo, foram registrados 6 boletins de ocorrência neste ano

Alenita Ramirez/ alenita.jesus@rac.com.br
05/07/2022 às 09:28.
Atualizado em 05/07/2022 às 09:28
Marcio Vasconcelos, consultor técnico de oficina de veículos, retira o catalisador de um carro: ladrões roubam equipamento para extrair metais nobres (Kamá Ribeiro)

Marcio Vasconcelos, consultor técnico de oficina de veículos, retira o catalisador de um carro: ladrões roubam equipamento para extrair metais nobres (Kamá Ribeiro)

O furto de catalisadores de carros tem se tornado algo corriqueiro em Campinas e região. Apesar de ainda não haver estatísticas sobre essa modalidade de furto, diversos casos vêm sendo registrados na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Apenas no 7º Distrito Policial (DP), em Barão Geraldo, foram seis boletins de ocorrência neste ano. Mas o número de ocorrências pode ser ainda maior, uma vez que muitas das vítimas deixam de comunicar o fato às polícias Civil e Militar. 

Na última sexta-feira, três homens foram presos após a Polícia Militar detê-los quando se preparavam para furtar o catalisador de um utilitário Duster, que estava estacionado nas proximidades do Hemocentro, dentro do campus da Unicamp, em Barão Geraldo. Com eles, os agentes apreenderam serra elétrica, macaco hidráulico, cabo de transmissão, bateria sobressalente portátil, luvas e diversas serras. “É uma modalidade nova de subtração, que necessita de ampla investigação para coibir tais fatos, bem como identificar eventuais receptadores”, disse o delegado responsável pelo 7º DP, Maurício Lucenti Geremonte.

Os estacionamentos ou mediações dos campi da Unicamp e PUC-Campinas estão sendo alvos dos criminosos. De acordo com a PM, existem várias denúncias de subtração desses equipamentos nestes locais. A prisão dos três criminosos se deu quando uma equipe da PM patrulhava as imediações do campus da Unicamp, visando a coibir furto de caminhonetes. Os agentes avistaram um Hyundai I.30, com um homem no interior do veículo e outros dois no lado de fora. Um deles, inclusive, ao lado do Duster.

Em nota, a PUC-Campinas confirmou o caso no estacionamento do Hospital PUC-Campinas, no Campus II, que é terceirizado e administrado por uma empresa privada. “O sistema de câmeras e monitoramento por seguranças da universidade, que atua nos dois campi, identificou o veículo utilizado pelos suspeitos. A informação foi compartilhada com a equipe de segurança e Unicamp - com a qual mantém parceria por conta da proximidade com o Campus I”, informou. 

Já a Unicamp frisou, em nota, que “graças à colaboração das universidades ao ceder imagens de monitoramento de câmera, a Polícia Militar foi capaz de identificar a placa do carro dos suspeitos e segui-los até o campus de Barão Geraldo”.

Dois dos bandidos presos são de Sumaré. O terceiro comparsa, de Americana.

Mais um caso

Em Americana, também na sexta-feira, pela manhã, a PM prendeu dois jovens, ambos de 20 anos, e moradores de Guaianases, com 15 sacolas com resina de catalisadores. O material pesava cerca de 650 gramas de metais como paládio, platina e ródio. 

Também foram apreendidas ferramentas usadas para o crime de furto. 

O catalisador vem montado dentro de uma cápsula de aço inoxidável no escapamento do carro e a peça é composta por uma colméia cerâmica, na qual fica a camada de metais nobres, como paládio, platina ou ródio. Os ladrões têm roubado esse material porque, segundo os policiais, o grama do paládio é mais caro do que a grama do ouro (R$ 330,40 contra R$ 309,21, cotação do dia). 

De acordo com o mecânico Márcio Vasconcelos, existem duas maneiras para se detectar a ausência do catalisador. A primeira é quando os criminosos cortam o escapamento e o deixam solto. A segunda é o barulho que o escapamento emite ao ligar o veículo. “Também quando acender a luz de injeção amarela”, orientou.

Nova modalidade

A nova modalidade de furto de catalisador na região de Campinas foi descoberto em julho do ano passado, por policiais da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), ligada à Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic). Até então o crime não era conhecido, nem mesmo pela polícia, e foi descoberto depois que uma locadora de carro procurou a DIG para se queixar do furto do equipamento nos carros alugados. Na época, ao menos cinco pessoas foram detidas, das quais três presas durante operação realizada pela delegacia. 

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