Paloma indicou aos policiais os locais onde descartou os membros e a cabeça: dois bueiros no bairro, onde foram localizados, e uma caçamba de descarte de material de construção, onde teria deixado o tronco, que ainda não foi encontrado. (Divulgação)
Um jardineiro de 39 anos, desaparecido desde o dia 27 de julho, foi encontrado morto e esquartejado na tarde de anteontem no bairro Vila Bancária, em Leme, a 96 km de Campinas, na região de Rio Claro. A esposa da vítima confessou o crime e foi indiciada. Ela indicou aos policiais os locais onde descartou os membros e a cabeça: dois bueiros no bairro, onde foram localizados, e uma caçamba de descarte de material de construção, onde teria deixado o tronco, que ainda não foi encontrado. O Corpo de Bombeiros foi acionado para resgatar os membros e a cabeça. Até a tarde de ontem, o delegado responsável pela investigação não havia informado a motivação do crime ou se a mulher contou com a participação de alguém.
O casal morou junto por três anos, mas no mês passado teve uma discussão, e o jardineiro foi embora para Leme. Éder Éricles de Oliveira e Paloma Pâmela Santino da Silva, de 28 anos, moravam em Indaiatuba. Após a discussão, Oliveira foi para Leme, onde passou um final de semana. Ele voltou para Indaiatuba para pegar alguns pertences e retornou para Leme, onde desapareceu.
Oliveira foi considerado desaparecido desde o dia 28 de julho, quando Paloma registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica, relatando que na noite anterior eles teriam ido a um bar, onde ele sofreu um surto de abstinência e disse que voltaria para Indaiatuba.
Dois dias depois, Paloma, acompanhada da cunhada, uma cabeleireira de 32 anos, prestou esclarecimentos à Polícia Civil. Inicialmente, Paloma atribuiu o sumiço do excompanheiro a uma dívida de R$ 30. Ela contou aos policiais que estava com o jardineiro em um bar quando um homem foi ao local e conversou com a vítima. Após o fechamento do estabelecimento, eles foram embora a pé para a residência de Paloma. Segundo ela, o jardineiro queria comprar drogas do homem, que ela não conhecia, e chegou a fazer um PIX para ele, mas não recebeu o entorpecente.
Oliveira teria discutido com o homem pelo WhatsApp e, depois disso, desapareceu. Paloma chegou a dizer que ele teria ligado para uma tia avisando que voltaria a pé para Indaiatuba.
Os policiais suspeitaram das versões contraditórias de Paloma e conseguiram imagens de câmeras de segurança da noite do desaparecimento, que revelam o casal e mais uma pessoa caminhando em uma via. Anteontem, os agentes voltaram a ouvila, momento em que ela confessou o crime e revelou os locais onde havia escondido as partes do corpo. Os agentes foram ao local do descarte de material de construção, mas não encontraram o tronco da vítima. Ontem de manhã, as equipes continuavam as diligências.
AGRESSÕES
Em junho, Paloma registrou dois boletins de ocorrência contra o companheiro. Em um deles, ela relatou à polícia que ele a agrediu após flagrá-la conversando no celular. Na época, Paloma também disse que o casal havia ingerido bebida alcoólica e que, durante a noite, a filha dela chorou e ele reclamou. Ela foi acudir a criança e pegou o celular, momento em que ele quis pegar o aparelho e a agrediu.
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