7 quilos de maconha, duas pistolas, uma delas de mentira, munições e muita grana encontrada no açougue (Divulgação)
Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Campinas, identificaram e prenderam em flagrante na noite de terça-feira (11), o dono de ao menos três "casas bombas" na cidade que eram usadas para esconder a maconha que abastece pontos de drogas na região do distrito de Barão Geraldo.
Um açougueiro de 50 anos, dono do imóvel, também foi preso em flagrante. Foram apreendidos sete quilos da droga, duas pistolas, uma delas um simulacro, e munições. A ação aconteceu no Parque Shalon, região da Vila Padre Anchieta, no distrito de Aparecidinha, por agentes da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), que já desmantelaram duas outras casas bombas no começo deste ano, no bairro Santa Genebra.
O comerciante Gustavo Fernando Durães, de 45 anos, foi detido pelos policiais quando deixava uma casa no Parque Shalon, com uma sacola em uma das mãos. Dentro havia dois tijolos de maconha. Os policiais civis já investigavam o envolvimento do comerciante em outras duas prisões anteriores de traficantes de comércio varejistas de maconha em Barão Geraldo, e com a identificação de uma nova casa bomba, os investigadores montaram campana para descobrirem o dono do imóvel e o fornecedor.
O dono da casa, um açougueiro de 50 anos, identificado como S.S.M., alegou que apenas guardava a droga no imóvel e para o serviço recebia R$ 500. No imóvel, atrás de um sofá, os policiais encontraram mais drogas e no quarto, o armamento.
De acordo com um dos investigadores que participou da ação, Marcelo Hayashi, durante a confissão, o açougueiro acabou revelando que mantinha porções fracionadas de 25 gramas de maconha em seu açougue, que fica na mesma quadra da casa, as quais ele revendia ao tráfico varejista. "Além de manter droga em casa, ele também vendia. Foi uma surpresa, pois ele é um açougueiro conhecido no bairro", comentou Hayashi.
Segundo Hayashi, as investigações seguem visando comerciantes de drogas que atuam com a venda atacadista em Campinas e região. O comerciante e o açougueiro foram autuados por tráfico de drogas e ficaram à disposição da justiça.
Outras casas bombas
No início de fevereiro deste ano, os policiais prenderam um motorista de aplicativo de 22 anos, por tráfico de drogas. Ele era um dos responsáveis por uma "casa bomba", localizada no Jardim Santa Genebra. Ao menos 15,2 kg de maconha foram encontrados em uma mala no quarto do suspeito. O motorista de aplicativo era o responsável por armazenar e distribuir drogas na região de Barão Geraldo, inclusive para universitários.
No final do mesmo mês, os agentes também desarticularam outra casa bomba no bairro Santa Genebra. Na época, um homem de 49 anos foi preso em flagrante e foram apreendidos 610 gramas de maconha divididas e um tijolo de 550 gramas, além de três porções fracionadas em 20 g cada, um frasco com lança-perfume, cerca de cinco quilos de cocaína e insumos que seriam vendidos ao tráfico varejista. O suspeito alegou que seria dependente químico e receberia R$ 3 mil e parte da maconha para guardar a droga em sua residência.
Na época, o homem foi identificado e preso durante campana dos policiais que observaram o imóvel por duas semanas. No dia do flagrante, os agentes avistaram um veículo que chegou no endereço e estacionou duas casas antes da residência investigada. O homem estava na casa que era alvo das apurações, e foi até o carro e jogou um pacote em seu interior. Ele confessou que havia entregue para o motorista do carro meio quilo de maconha.