VIROU CASO DE POLÍCIA

Briga de vizinhos termina em agressão e ameaça de morte

Tudo começou por causa dos latidos de um cachorro que incomodavam um morador de Sumar

Alenita Ramirez/alenita.ramirez@rac.com.br
04/06/2024 às 08:59.
Atualizado em 04/06/2024 às 08:59
Os tutores do cachorro, um casal jovem, chamaram um amigo para intimidar o vizinho com socos violentos e arma apontada para a cabeça (Divulgação)

Os tutores do cachorro, um casal jovem, chamaram um amigo para intimidar o vizinho com socos violentos e arma apontada para a cabeça (Divulgação)

Uma discussão sobre os latidos de um cachorro resultou em uma violenta briga entre vizinhos, com agressões físicas e ameaças de morte, tornandose caso de polícia, anteontem, em Sumaré. O conflito teve início dentro de uma adega, onde um dos envolvidos, um ajudante de 51 anos, trabalha. Os tutores do cachorro, um casal jovem, chamaram um amigo armado para intimidar o vizinho. O amigo do casal desferiu socos violentos na cabeça do ajudante, além de uma joelhada no abdômen, e apontou a arma para a vítima, que sofreu diversos hematomas e precisou ser hospitalizada. Ninguém foi preso.

O crime ocorreu na tarde de anteontem, no Jardim Recanto dos Sonhos, após o ajudante ter se irritado com os constantes latidos do cachorro e jogado um estalinho no piso do banheiro de sua casa. Os tutores do animal não gostaram da atitude e, algum tempo depois, foram até o local de trabalho do vizinho e o agrediram.

As famílias envolvidas residem em um condomínio há pelo menos 12 anos, sendo que a perturbação de sossego persiste há cerca de um ano. O ajudante mora com a esposa no térreo de umbloco, enquanto os tutores do cachorro vivem no primeiro andar da mesma torre.

egundo Dorotéa da Silva Faria, esposa do ajudante, o casal de vizinhos trabalha e deixa o animal sozinho durante o dia. Nesse período, o cachorro late incessantemente, parando apenas por volta das 22h, quando os tutores retornam e fecham o imóvel para dormir. Dorotéa, que sofre de depressão, afirmou que já tentou conversar diversas vezes com os vizinhos para resolver a situação, e que o síndico do condomínio já foi acionado para tomar providências. "Já conversamos com os vizinhos, pois estou doente, com depressão, e não aguento mais ouvir os latidos do cachorro. Eu morava em casa e tinha animais, mas não era assim", desabafou Dorotéa.

Anteontem, Ronaldo de Oliveira Silva, marido de Dorotéa, foi almoçar em casa e se irritou com os latidos constantes do cachorro dos vizinhos. Segundo a esposa, Ronaldo pediu para que o animal parasse de latir, o que desencadeou uma discussão com os tutores do cachorro. Dorotéa relatou que parecia que "o problema" havia sido resolvido naquele momento e Ronaldo voltou ao trabalho. 

Por volta das 14h45, os tutores do cachorro, acompanhados de um amigo, foram até a adega onde Ronaldo trabalha, a quatro quadras do condomínio. Uma nova discussão começou e rapidamente se transformou em agressão física.

A vítima estava acompanhada
de uma colega de trabalho,
que ficou em estado de choque
com a violência. A briga
foi capturada pelo sistema de
monitoramento da adega. O
proprietário do estabelecimento,
que estava viajando, assistiu
à cena pelo celular e orientou
Ronaldo a ir para casa e pedir
ajuda.

A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados, e a vítima foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Macarenko. Lá, passou por exames e permanecia internada até a manhã de ontem, apresentando ferimentos principalmente na região da cabeça. "Ele está bem machucado, foi uma covardia", relatou Doroteia.

O crime ainda será registrado na Polícia Civil, que investigará o caso. Segundo Doroteia, após a agressão, o casal e o amigo desapareceram, mas, quando a polícia chegou à casa da vítima, o casal apareceu. Contudo, ninguém foi preso.

  

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