A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo informou nesta terça-feira que vai seguir a instrução normativa 3/2013 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que prevê o controle populacional do javali por meio do abate em todo o território nacional.
A norma decreta a "nocividade" do javali europeu, considerado espécie invasora, e dispõe sobre o seu controle. O animal poderá ser perseguido e abatido ou capturado para a marcação dos espécimes, seguida do abate. Javalis vivos não poderão ser transportados.
De acordo com a Secretaria, em São Paulo a caça é proibida em qualquer das suas formas, bem como o porte não autorizado de armas de fogo. Também é vedada a utilização de venenos de forma não licenciada ou autorizada. A norma do Ibama dispõe que as pessoas físicas devem se cadastrar no órgão para realizar o abate. O Ibama pode autorizar o uso de armadilhas para captura dos animais, desde que não causem ferimentos e que, em seguida, os animais capturados sejam abatidos. A instrução estabelece o abate de javalis em vida livre sem limite de quantidade e em qualquer época do ano.
No sudoeste paulista, produtores reclamam dos ataques às lavouras, principalmente de milho. Os animais abrem clareiras nas lavouras e carregam as espigas para o meio da mata. Imagens gravadas por armadilhas fotográficas na fazenda Capituva, em Taquarivaí, mostram bandos com centenas de javalis atacando a lavoura de 1,5 mil hectares. O produtor Maurício Dias estimou o prejuízo em R$ 1 milhão. Em dez fazendas da região de Itapeva, a quantidade de javalis é estimada em quatro mil espécimes.