Desta vez, dez bairros receberão a ação especial, como o Jd. Rosália, Vila Réggio, Vila Lunardi e Parque Residencial Beira Rio
Mutirão visitará ainda os bairros Vila Francisca (foto), Parque Residencial 7 de Setembro, Núcleo Residencial Boa Vista, Parque Universal, Parque Shalon e Vila Renascença: 80% dos criadouros estão em residências (Alessandro Torres)
A Secretaria de Saúde de Campinas anunciou ontem a realização do 20º mutirão municipal de combate à dengue. A ação, realizada novamente em um sábado, começa às 8h de amanhã. A visita a imóveis para trabalhos de controle de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença, está programada para acontecer em dez bairros: Jardim Rosália, Vila Réggio, Vila Francisca, Parque Residencial Beira Rio, Parque Residencial 7 de Setembro, Núcleo Residencial Boa Vista, Parque Universal, Vila Lunardi, Parque Shalon e Vila Renascença.
Assim como os anteriores, o próximo mutirão deve reunir 150 pessoas, entre elas agentes da Saúde, voluntários e funcionários da empresa terceirizada Impacto Controle de Pragas. A população pode identificar os integrantes da empresa pela vestimenta composta por camiseta laranja com logo da empresa e calça cinza. Os líderes das equipes usam camiseta verde com as mesmas características. Todos estão identificados com crachá, mas, em caso de dúvidas, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199.
Até ontem, o município somava 107.557 casos, 2.657 com sinal e alarme e 152 graves. Em relação aos óbitos, são 37 confirmados e 72 em investigação. Já na Região Metropolitana de Campinas a epidemia já causou 163.705 infecções, 3.425 com sinal de alarme e 258 graves. São 88 mortes na RMC e 119 em investigação.
A Administração repete a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros, como piscinas e caixas d'água, em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. O balanço desta nova ação deve ser divulgado na segunda-feira, 17 de junho. A melhor forma de prevenção contra a dengue é eliminar qualquer acúmulo de água que possa servir de criadouro, principalmente em latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas. É importante, ainda, vedar a caixa d'água e manter fechados vasos sanitários inutilizados.
Estatísticas das secretarias municipal e estadual de Saúde mostram que 80% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão nas residências. Portanto, o enfrentamento à epidemia exige esforço compartilhado entre Poder Público e população para eliminar qualquer espaço com água que possa ser usado pelo inseto para proliferação.
A epidemia de dengue é nacional e, neste ano, dois fatores contribuíram para aumento de casos em Campinas apesar da série de esforços da Administração para combater a doença e aprimorar a assistência em saúde: a circulação simultânea de três sorotipos do vírus pela primeira vez na história, e condições climáticas favoráveis para a proliferação do mosquito, principalmente por conta das sucessivas ondas de calor registradas desde outubro.
CUIDADOS
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. A Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em prontosocorro ou em UPA.
Um estudo da Secretaria de Saúde realizado em 2023 mostrou que a cidade viveria uma nova epidemia de dengue. Por isso, foram desencadeadas diversas medidas para o enfrentamento da doença. Em dezembro do ano passado foram reforçados os estoques dos principais insumos usados no tratamento da dengue para garantir o atendimento dos pacientes da rede municipal de saúde.
Outra novidade é o uso de inteligência artificial para ampliar o monitoramento e assistência em saúde aos pacientes com dengue. Toda pessoa diagnosticada ou com suspeita da doença, após atendimento no SUS Municipal, recebe, via WhatsApp, mensagem disparada pelo chatbot que auxilia a Pasta a acompanhar as condições do paciente. Caso necessário, é feita nova orientação sobre busca por atendimento. Até 11 de junho, 38.676 pacientes foram acompanhados. Do total, 13.784 foram reencaminhados aos serviços de saúde.
A Prefeitura criou ainda o Grupo de Resposta Unificada (GRU), que envolve todas as áreas com objetivo de agilizar respostas e fiscalizações para denúncias que tratam de criadouros. A Secretaria de Serviços Públicos intensificou o trabalho de coleta de lixo e entulhos e, com isso, passou a recolher 4 mil toneladas a mais de resíduos urbanos por mês.
Aos sábados, a Secretaria de Saúde passou a abrir mais centros de saúde ou ampliou o funcionamento das unidades com objetivo de garantir mais assistência aos pacientes.
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