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Hortolândia confirma primeira morte por dengue no ano

Mulher de 60 anos faleceu ainda em março; Região Metropolitana de Campinas contabiliza 112 mil casos e 35 vítimas fatais

Eliane Santos/eliane@rac.com.br
08/05/2024 às 11:07.
Atualizado em 08/05/2024 às 11:07

Prefeitura mantém busca ativa e nebulização para combater a dengue: além do primeiro óbito, Hortolândia acumula 991 casos confirmados da doença, sendo sete graves e quatro mortes ainda em investigação (Divulgação Prefeitura de Hortolândia)

Hortolândia registrou a primeira morte por dengue e o número de vítimas fatais na Região Metropolitana de Campinas (RMC) subiu para 35. Considerando apenas Campinas, são 16 óbitos no ano que, em poucos meses, já é considerado o com a pior epidemia da série histórica iniciada em 1998. Hortolândia ainda tem 991 casos confirmados da doença, quatro mortes em investigação e sete casos graves. No total, a RMC contabiliza 112.233 infecções, de acordo com dados publicados no Painel de Monitoramento de Dengue do Estado de São Paulo.

A vítima de Hortolândia é uma mulher de 60 anos. Ela faleceu em 15 de março, cinco dias após o início dos sintomas. A Prefeitura de Hortolândia confirmou o óbito no início da tarde de ontem. Na RMC, além de Campinas e Hortolândia, registram mortes pela doença as cidades de Americana (2), Artur Nogueira (2), Itatiba (3), Jaguariúna (2), Santa Bárbara d´Oeste (1), Santo Antônio de Posse (5), Sumaré (2) e Vinhedo (1).

Segundo a Prefeitura de Hortolândia, a cidade mantém várias ações de busca ativa. Com a continuidade de altas temperaturas em pleno outono, a Administração reforça a orientação para a população manter os cuidados contra o Aedes aegypti. Se porventura o morador estiver com algum sintoma da dengue, ele deve procurar orientação médica na UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima de sua casa ou de referência. Entre os principais sintomas da dengue estão febre abrupta, dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas pelo corpo.

Em paralelo às ações de busca ativa e nebulização, a Prefeitura da cidade realiza a vacinação contra a doença desde o dia 17 de abril nas UBSs Amanda I, Campos Verdes e Figueiras. Para que mais crianças e adolescentes de 10 a 14 anos possam se imunizar contra a doença, mais três unidades passaram a oferecer a vacina: Dom Bruno Gamberini, Novo Ângulo e Rosolém.

CAMPINAS 

Ontem, Campinas atingiu 76.666 registros, com 16 óbitos e três casos importados de chikungunya. Essa é a pior epidemia da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti desde o início da série histórica. Já em número de mortes, o ano de 2015 continua sendo o mais trágico, com 22 vítimas.

A região com mais casos na cidade é a Sudoeste, com 19.060 e seis mortes, seguida pela Noroeste, com 16.384 e dois óbitos. Em terceiro lugar está a região Sudeste, com 10.381 notificações e duas mortes. Na sequência, aparecem a região Norte (10.307 e um óbito), a Sul (9.722 casos e duas vítimas fatais) e a Leste (8.570 infecções e três óbitos). Ainda há mais de dois mil casos sem origem definida. Os dados são do Painel de Monitoramento de Arboviroses da Secretaria Municipal de Saúde. 

Dando continuidade ao combate ao mosquito transmissor da dengue, no último final de semana agentes de saúde e voluntários visitaram 4,3 mil imóveis de 12 bairros da região do Jardim Vista Alegre. O mutirão aconteceu no sábado. Cerca de 150 pessoas percorreram os bairros Jardim Vista Alegre, Parque Universitário de Viracopos, Jardim Maria Helena, Recanto do Sol 1 e 2, Jardim Mercedes, Jardim Shangai e Núcleo União da Vitória.

Foram removidas 1,8 mil toneladas de resíduos durante os trabalhos para limpeza e eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. Antes disso, Campinas promoveu outros 13 mutirões, incluindo o 1º da Região Metropolitana (RMC), e participou do Dia D Estadual contra a doença. 

A Prefeitura de Campinas mantém ações ininterruptas de combate e prevenção à dengue no município, com eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, ações educativas e de mobilização da sociedade e organização e limpeza da cidade. No entanto, é preciso uma contrapartida da sociedade. As pessoas precisam eliminar criadouros – tudo o que possa acumular água – e dar a destinação correta ao lixo. 

Levantamento das secretarias municipal e estadual de Saúde indicam que 80% dos criadouros estão dentro das casas. Por isso, é importante que cada cidadão cuide de seu espaço e permita a entrada dos agentes de saúde.

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