Em assembleia que terminou no início da noite desta sexta-feira (1), os sapateiros de Franca decidiram manter a greve iniciada na última terça-feira (26) por melhores salários. Nos primeiros dias de movimento 5 mil trabalhadores cruzaram os braços e a intenção é ampliar esse número a partir de segunda-feira.
A categoria não abre mão de 10% de reajuste, mas as empresas oferecem no máximo 7,6%. A paralisação está sendo feita fábrica por fábrica e, de acordo com o sindicato da categoria, teria atingido um total de 5 mil trabalhadores nos primeiros dia do movimento.
Nesta sexta era esperada uma nova proposta patronal para que fosse colocada em votação, mas isso acabou não ocorrendo. Até agora, das indústrias paralisadas, quase todas ficam na região do Distrito Industrial e do Jardim Paulistano.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Sapateiros, Fábio Cândido da Silva, a greve vai continuar por tempo indeterminado até que haja uma nova proposta dos patrões. A intenção é ir parando mais fábricas e forçando acordos individuais até que todo o setor aceite pagar o índice pedido.
Em Franca são cerca de 30 mil trabalhadores no setor calçadista em 447 empresas. É intenção do sindicato seguir atingindo as indústrias maiores e partir daí chegar a todas as fábricas. Para pressionar os empresários, carros de som e faixas estão sendo levados nos horários de entrada dos empregados.