São Paulo e Corinthians decidem uma vaga na final do Campeonato Paulista remoendo as derrotas sofridas na Copa Libertadores durante a semana. O resultado deste jogo único, que será disputado no Morumbi, hoje, às 16h, terá efeitos opostos nos rivais. Quem vencer ganha fôlego para vislumbrar uma reação na outra competição, considerada mais importante. Ao perdedor, só lhe restará mais pressão.
"A derrota para o Atlético Mineiro não influencia nada para a partida contra o Corinthians. Não vamos sofrer mais pressão por causa disso", explicou o técnico Ney Franco. Mas o jogo de hoje certamente influenciará (para o bem ou para mal) na partida da volta contra o Atlético, em Belo Horizonte, na quarta-feira.
Tite deu "sorte" porque só encara novamente o Boca Juniors no dia 15, no Pacaembu, precisando reverter a vantagem de 1 a 0 dos argentinos. "O jogo (contra o São Paulo) serve para o bom e para ruim", disse o treinador. "O São Paulo ganha e fica forte para enfrentar o Atlético Mineiro, o Corinthians ganha e fica forte para pegar o Boca."
Mas para o técnico corintiano, apesar desses resultados negativos o clássico na casa do rival tem de ser encarado com o peso que tem: o de conquistar um lugar na final do campeonato. "Isso é o mais significativo."
Independentemente das derrotas sofridas na Libertadores, cada um dos rivais tenta se reconstruir e provar que o que aconteceu foi um acidente. O São Paulo parecia ter encontrado um time, com Paulo Henrique Ganso e Jadson enfim jogando (e bem) juntos — o revés para o Atlético foi para a "conta" de Lúcio. "Houve uma evolução na equipe e precisamos ter tranquilidade para lidar com o resultado negativo", avisou Ney Franco.
Já o Corinthians derrapou na Bombonera por suas próprias limitações, uma vez que Tite escalou o que tinha de melhor. Mas o time pecou na criação. Romarinho ora vai bem, ora vai mal no meio de campo. "Se ganha é bom, se perde é ruim? Preciso enxergar todo o processo da equipe", afirmou o técnico.
O setor defensivo também está sob pressão no São Paulo, principalmente Lúcio, que foi expulso na Libertadores, mas ganhou o voto de confiança do comandante para começar como titular. Se de última hora Ney Franco optar por poupar o veterano, Edson Silva formará dupla de zaga com Rafael Toloi, até porque Rhodolfo está contundido. "O Lúcio é experiente e sabe lidar com essa situação. Ele tem apoio do grupo e tenho certeza de que, se jogar, vai nos ajudar bastante", explicou Paulo Henrique Ganso.