O deputado federal Romário (PSB-RJ), que desde o ano passado tenta emplacar uma CPI para investigar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), afirmou hoje que irá solicitar documentos sobre a compra da futura sede da confederação, no Rio de Janeiro.
"Pelo que eu vejo, já está mais que comprovado que houve superfaturamento. A gente tem que denunciar e fazer com que a CBF dê suas explicações", afirmou o deputado.
Romário fará o pedido com base em reportagem da Folha de S.Paulo, que mostrou que o presidente da CBF, José Maria Marin, assinou um negócio superfaturado na compra do prédio, com oito salas comerciais e 6.642,83 metros quadrados na Barra da Tijuca. O imóvel custou à confederação R$ 70 milhões.
De acordo com Romário, após a verificação dos documentos, ele irá pedir uma investigação sobre o negócio. "Vou procurar levantar documentos na Junta Comercial do Rio de Janeiro, vou estudar e passar para pessoas que são capazes de analisar isso", afirmou o deputado.
Romário e outros deputados participaram de uma vistoria das obras no Estádio Nacional de Brasília. Romário disse duvidar de que o governo do Distrito Federal irá cumprir o prazo de entregar as obras no dia 18 de maio.
O deputado criticou os custos da obra, que devem ultrapassar R$ 1,2 bilhão. "O valor é um absurdo, principalmente se tratando de Brasília, onde o futebol, infelizmente, não é o ponto forte."
