DECISÃO DO PAULISTA

Retrospecto é mais um adversário para a Ponte Preta

O time tentará juntar os cacos para começar a elaborar alguma alternativa que possibilite conseguir uma reação histórica e, consequentemente, o título

Carlos Rodrigues
carlos.rodrigues@rac.com.br
01/05/2017 às 19:45.
Atualizado em 22/04/2022 às 19:35

Pottker em disputa de bola com o zagueiro Pablo no primeiro jogo da final, domingo, em Campinas: artilheiro da Ponte Preta foi anulado (Leandro Ferreira)

A Ponte Preta se reapresenta nesta terça-feira (2) após a derrota por 3 a 0 para o Corinthians, em casa, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista. O time tentará juntar os cacos para começar a elaborar alguma alternativa que possibilite conseguir uma reação histórica e, consequentemente, o título. A missão é das mais complexas. Todos no clube evitam entregar os pontos, mas sabem que o retrospecto do adversário em sua arena e também na temporada é cruel para a Macaca. Embora as eliminações em Itaquera assombrem o Corinthians, os números da equipe em seus domínios são invejáveis. A final do próximo domingo será a 100ª partida da equipe em casa. Nos 99 compromissos anteriores, o clube perdeu apenas sete e nunca por mais de dois gols de diferença, placar mínimo que a Ponte necessita para pelo menos levar a disputa para os pênaltis. O time até levou três gols em duas oportunidades, mas saiu de campo vitorioso (4 a 3 sobre o Sport e 5 a 3 sobre a Penapolense). O retrospecto da Macaca na Arena Corinthians também joga contra. Em quatro confrontos no estádio, a alvinegra perdeu todos e marcou apenas um gol — na derrota por 2 a 1 no Campeonato Paulista do ano passado. O desempenho do rival na temporada, sobretudo na questão defensiva, também será um obstáculo e tanto para a Ponte. Dono da melhor defesa do Campeonato Paulista com apenas 10 gols sofridos em 17 partidas, o Corinthians levou no máximo dois num mesmo jogo — na vitória por 3 a 2 sobre o Mirassol e na derrota por 2 a 0 para o Santo André, a única do clube em Itaquera em 2017. Dificuldades à parte, o técnico Gilson Kleina já avisou que o trabalho continuará sendo realizado da mesma maneira e não quer o time abatido. Pelo contrário, projeta uma atuação digna no jogo de volta. "Precisa ser uma equipe com psicológico forte. Não adianta chegar lá e pisar no Itaquerão entregue. Aí é pior", comentou. "Não adianta descaracterizar e mudar tudo, achando que está errado. Vamos conversar, corrigir e trabalhar para ser digno de fazer um bom jogo lá." Súmula O árbitro Raphael Claus relatou na súmula do jogo contra o Corinthians incidentes que podem complicar a Ponte futuramente. Segundo o documento, após o segundo gol do adversário, anotado por Jadson, alguns objetos foram atirados pela torcida da Macaca em direção ao gramado, como um chinelo, relógio de pulso, tesoura e um isqueiro. Naquele momento, o meia corintiano provocou ao pedir silêncio. O clube corre o risco de ser denunciado e punido.

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