Apesar do período de preparação em Sorocaba, o técnico Paulo Roberto Santos ainda não acredita que todos os reforços tenham condições físicas de serem titulares (Elcio Alves/AAN)
Trunfo do Guarani no início da temporada, o Brinco de Ouro deixou de ser um elemento de vantagem para o time na Série C. O Bugre, que já chegou a ter quase 90% de aproveitamento em seu estádio em 2015, viu o desempenho em casa despencar de maneira radical no Campeonato Brasileiro. Sem nenhuma vitória como mandante no torneio nacional e fora do G4, o alviverde coloca como prioridade a recuperação atuando ao lado de sua torcida para entrar de vez na briga pela classificação para a próxima fase. Num comparativo entre o desempenho da equipe em casa na Série A2 do Paulista com o do Brasileiro, a diferença é grande. Embora não tenha obtido o acesso na competição estadual, o Guarani correspondeu às expectativas no Brinco e foram esses bons números que mantiveram o time na briga até a penúltima rodada. No total, em nove jogos do torneio, foram sete vitórias e apenas duas derrotas, com aproveitamento final de 78%. A expectativa era de que o rendimento se repetisse ou fosse até melhorado na Série C. Na prática, no entanto, não é isso o que tem acontecido. O Bugre já disputou três jogos em Campinas, mas somou apenas dois pontos. Foi derrotado pelo Londrina e empatou com o Tupi ainda sob o comando do ex-técnico Ademir Fonseca e no domingo, no primeiro jogo em seus domínios com Paulo Roberto Santos, amargou nova igualdade, dessa vez contra o Madureira. O aproveitamento de apenas 22% em casa do Guarani é bem inferior ao dos quatro clubes que ocupam a zona de classificação do Grupo B. O líder Tupi tem 67%, o Brasil de Pelotas, 78%, o Londrina também tem 67% e o Juventude, que fecha o G4, conquistou 55% dos pontos disputados em seu estádio. O treinador bugrino alerta para a necessidade de se fazer o dever de casa, mas lembra que é possível recuperar os pontos perdidos atuando como visitante, como o time tentará fazer na próxima rodada, quando enfrenta a Portuguesa, em São Paulo. "No futebol, a matemática é sempre essa. Fazer os três pontos em casa e buscar alguma coisa fora. Sabemos que não é sempre que você ganha em seu estádio, mas vai fora e conquista, como já fizemos em Tombos. Temos como meta começar a fazer os resultados em casa e temos qualidade para isso", afirma.Em busca de uma constância, Paulo Roberto destaca o equilíbrio da Série C para explicar as dificuldades vividas pelo Bugre. "O objetivo é entrar no G4, isso foi traçado, mas na Série C as equipes são muito niveladas. Há bastante equilíbrio e o resultado de uma rodada não serve de comparação para a seguinte."