A safra 2013/2014 da cana começou oficialmente nesta terça-feira (12) em Ribeirão Preto. A Usina Batatais deu o pontapé inicial na colheita e moagem da cana, nas unidades em Batatais e em Lins.
A Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar) só terá uma previsão oficial para a safra em abril – quando a maioria das usinas começam a produzir –, mas o representante da entidade, Sérgio Prado, diz esperar que a safra deste ano seja melhor que a dos dois anos anteriores. “Ainda não tem como quantificar, mas esperamos que seja maior”, disse. No ano passado, a média de produtividade ficou em torno de 78 hectares por metro quadrado – já chegou a 80 há três anos.
O problema, para o produtor e para o consumidor, foi o preço do etanol. De acordo com cálculos do Cepea, o preço médio do etanol anidro de abril de 2012 a fevereiro de 2013 em São Paulo esteve 17,6% menor que em igual período da safra anterior em termos reais (IGP-M de fevereiro/13). No caso do hidratado, a perda real é de 12,6%.
Mesmo assim, o valor do litro atingiu valores altíssimos no início deste ano (o hidratado saiu das usinas na semana passada cotado a R$ 1,26), o que levou o preço do combustível nas bombas a R$ 2,19 em Ribeirão. Segundo especialistas, mesmo com o início da safra agora, o preço só deve cair a partir de abril, quando grande parte das usinas começa a produzir e a oferta aumenta.
USINA BATATAIS
Na Usina Batatais, que iniciou a produção nesta terça (12), a expectativa é de otimismo. A unidade estima que a moagem da safra 2013/2014 seja de 3,850 milhões de toneladas, com aumento de 10% em relação à última safra (3,5 milhões de toneladas). Para o grupo, composto pelas unidades de Batatais e Lins, o crescimento esperado da moagem é de 24%.
Nesta safra, deverão ser produzidos 286 mil toneladas de açúcar e 131 mil metros cúbicos de etanol. Dessa forma, o mix de produção na Usina Batatais será de 58% de açúcar e 42% de etanol. Considerando também a produção esperada para a filial Usina Lins, a proporção é de 51% de açúcar e 49% de etanol.