Ela lutava pela causa não só em Campinas, mas também em outras cidades; seu último ato público foi em uma manifestação no Taquaral contra a venda de animais em situação irregular
(Arquivo Pessoal/ Facebook)
A protetora de animais Daiane Guimarães foi enterrada nesta quinta-feira (2) no Cemitério Alameda Flamboyant, no Jardim Gramado, em Campinas. O corpo foi velado no local, desde as 2h da madrugada. Daiane morreu na quarta (1°), vítima de câncer no fígado. A doença se manifestou há quatros anos, foi tratada, mas reincidiu há um ano. A ativista passou por sessões de quimioterapia e teve êxito no início, mas não respondeu mais ao tratamento - já estava sem alternativa clínica. Daiane deixa um filho de cinco anos, Gabriel, que mora com o pai. Ativismo "Ela era o que a proteção animal chama de gateira. Adorava gatos, em especial. Entendia que são animais mais vulneráveis, mas tão carinhosos e amáveis quanto os cães", relata o ativista Flávio Lamas, vice presidente do Conselho Municipal de Proteção e Defesa Animal de Campinas (Condema). "Os amigos viam nela uma pessoal com um temperamento duro, na luta pelos animais, e doce no relacionamento com os amigos", completa o protetor. Daiane lutava pela causa não só em Campinas, mas também em outras cidades. O último ato público dela foi em uma manifestação no Taquaral contra a venda de animais em situação irregular. Nesse protesto, desentendeu-se com uma vendedora e acabou sendo agredida. Embora lamentem profundamente a perda, a morte para os protetores "tem um simbolismo um pouco diferente", explica Lamas: "dizemos que a pessoa, ou animal, atravessou a ponte do arco íris. E do outro lado, os bichinhos que tanto amamos em vida estão esperando por nós".