Bruno durante julgamento nesta quinta-feira (7) (Reprodução/TJMG)
O promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos confirmou nesta segunda-feira (11) que vai entrar, provavelmente na terça-feira (12), com um recurso contra a pena de 22,3 anos imposta ao goleiro Bruno Fernandes pela juíza Marixa Rodrigues, na madrugada da última sexta-feira, após um julgamento que durou quatro dias. Além de considerar a pena pequena para a gravidade dos crimes cometidos pelo goleiro, o promotor disse que pretende questionar também o que considera uma "omissão" na sentença da juíza.
"Não entrei hoje porque não deu tempo e porque, reanalisando a sentença, percebi que a juíza esqueceu de determinar qual o regime fechado da somatória dos anos a que ele foi condenado", afirmou. Portanto, Wagner pedirá também que esse ponto seja explicado de forma mais clara. Para ele, devido ao alto grau de culpabilidade do réu, a pena esperada pela promotoria era de no mínimo 28 a 30 anos de reclusão.
Os 22,3 anos definidos pela juíza desagradaram não só à promotoria, mas também aos advogados de defesa. Na última sexta, eles recorreram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais pedindo a anulação do julgamento por considerar que houve confissão e que por isso Bruno deveria ter recebido uma redução maior de pena do que os três determinados pela juíza.
Os advogados do goleiro também entendem que não é possível condenar alguém enquanto outros possíveis envolvidos ainda estão sendo investigados, como é o caso do policial civil José Laureano, o Zezé, apontado pelo Ministério Público como participante ativo da trama que resultou na morte de Eliza Samudio. O promotor já afirmou que vai apresentar denúncia contra o policial. Também ficou de recorrer da sentença a mãe de Eliza, Sônia Moura. Ela também pretende recorrer da decisão que absolveu a ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues.