O promotor Henry Wagner Vasconcelos quer esclarecimentos sobre a sentença
O goleiro Bruno estava preso no Complexo Esportivo Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (Cedoc/RAC)
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou nesta terça-feira (12) com recurso pedindo explicação sobre os 22 anos e três meses de prisão a que foi condenado o goleiro Bruno Fernandes. O promotor Henry Wagner Vasconcelos quer esclarecimentos sobre a sentença, já que o atleta foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de sua ex-amante Eliza Samudio, além do sequestro do bebê que teve com a vítima, mas a juíza Marixa Fabiane Lopes não determinou qual a soma que o atleta terá que cumprir em regime fechado.
O recurso, chamado embargo de declaração, foi apresentado à própria magistrada e pede a "definição do regime penal resultante da totalização das sanções privatizas de liberdade fixadas, mediante a expressa estipulação de inicial regime fechado". Mas Henry Vasconcelos já adiantou que também pretende recorrer da própria sentença, pois esperava uma pena "entre 28 e 30 anos" para Bruno, condenado por um júri popular após quatro dias de julgamento.
Na sexta-feira (8), horas após a magistrada anunciar a sentença, o advogado de defesa de Bruno, Lúcio Adolfo da Silva, já havia entrado com uma apelação pedindo que o julgamento seja anulado. O caso ainda será decidido pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), que analisa outro recurso apresentado pelo advogado, mas não há prazo definido para que as decisões sejam anunciadas.