TRAGÉDIA

Prefeito de Santa Maria depõe no caso da Kiss

O corpo de Driele Pedroso Lucas, morta na quinta-feira, aos 23 anos, foi sepultado nesta sexta (8)

Agência Estado
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08/03/2013 às 20:05.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:30
Boate Kiss, onde jovens morreram após incêndio (CEDOC)

Boate Kiss, onde jovens morreram após incêndio (CEDOC)

O prefeito de Santa Maria (RS), Cezar Schirmer (PMDB), disse acreditar, em depoimento à polícia nesta sexta-feira (8), que nenhum secretário ou funcionário municipal tenha falhado nas autorizações de funcionamento e na fiscalização da boate Kiss. Ele também admitiu desconhecer alguns detalhes da tramitação de alvarás, solicitação de abertura de estabelecimentos e fiscalização porque são assuntos que não passam pelo gabinete. Reiterou, ainda, que a fiscalização e controle de documentos referentes à prevenção de incêndios são atribuições dos bombeiros.

O esclarecimento de eventual negligência de agentes públicos como bombeiros e funcionários municipais é a última etapa da investigação das causas do incêndio da casa noturna, ocorrido em 27 de janeiro, que matou 241 pessoas. A polícia já está convicta de que uma sucessão de falhas provocou o incêndio e a tragédia. O inquérito será concluído e remetido à Justiça na próxima semana.

O corpo de Driele Pedroso Lucas, morta na quinta-feira, aos 23 anos, foi sepultado nesta sexta no Cemitério Ecumênico de Santa Maria. Ela foi a sétima vítima da tragédia da boate Kiss a morrer em hospitais. Outras 234 morreram no mesmo dia do incêndio. Ainda há 15 pacientes internados em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre, a maioria para tratar das queimaduras que sofreu dentro da boate.

Mutirão. O mutirão de atendimento organizado pelo Ministério da Saúde para todas as pessoas que ficaram feridas ou respiraram a fumaça tóxica produzida pelo incêndio começa neste sábado (9), no Hospital Universitário de Santa Maria. Os médicos vão avaliar a situação de cada um dos inscritos para consultas e encaminhá-los aos exames e tratamento adequados, se houver necessidade.

Todos os que tiveram contato com a tragédia, inclusive os que não precisaram de medicação ou cuidados hospitalares, serão acompanhados por alguns anos, para identificação de eventuais sequelas.

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