MUDANÇAS

Ponte Preta faz mudanças no estatuto social do clube

Assim, a partir de agora, a direção não pode gastar mais do que 70% da receita bruta anual com folha de pagamento e direitos de imagem dos atletas

Paulo Santana
santana@rac.com.br
21/10/2015 às 21:23.
Atualizado em 23/04/2022 às 03:45
Apenas 92 dos cerca de 1.200 associados compareceram na eleição (Camila Moreira/ AAN)

Apenas 92 dos cerca de 1.200 associados compareceram na eleição (Camila Moreira/ AAN)

Os associados da Ponte Preta aprovaram, nesta quarta-feira (21), em votação no Salão Nobre do Majestoso, mudanças no estatuto social do clube, mas a principal delas permite colocar o clube em condições de aderir ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), que permite o refinanciamento das dívidas com o Governo Federal em 20 anos. Na esteira da adequação, o novo estatuto alvinegro ampliará o mandato de presidente de três para quatro anos, com direito a uma reeleição. "Tem gente dizendo que foi uma forma de manter a atual presidência, mas esta mudança só passa a valer a partir da próxima eleição. Assim, o Vanderlei Pereira (atual presidente) fica até 2017 como previsto. Se quiser, poderá se candidatar novamente. Aí sim, poderá ficar quatro anos", explica Mauro Zuppi, presidente do Conselho Deliberativo. Na votação, apenas 92 dos cerca de 1,2 mil associados fizeram questão de comparecer e 83,7% foram a favor das mudanças. Assim, a partir de agora, a direção não pode gastar mais do que 70% da receita bruta anual com folha de pagamento e direitos de imagem dos atletas e também não poderá antecipar mais de 30% de receitas do mandato subsequente. Ao mesmo tempo, terá que manter investimentos nas categorias de base e voltar a investir no futebol feminino. A partir da homologação do resultado da votação, ficará permitido, o afastamento de qualquer diretor (com inelegibilidade de pelo menos cinco anos) em caso de irregularidade administrativa ou financeira. Ao se adequar e optar pelo programa do Governo, a Ponte ganha prazo de 240 meses para quitar as dívidas federais, que chegam a quase R$ 10 milhões. Com as mudanças, também terá que definir um cronograma de trabalho para zerar seus déficits até o final de 2021. E, para não perder as vantagens, a Macaca terá que manter todas obrigações trabalhistas e tributárias federais em dia. Também precisará cumprir os contratos com pagamento em dia de salários, FGTS, contribuições previdenciárias e demais obrigações com funcionários e atletas, inclusive, relativos aos direitos de imagem. O clube campineiro terá direito a 70% de desconto nas multas, 40% dos juros e 100% dos encargos legais. O prazo para todas as adequações termina no dia 30 de novembro. Na mesma data, também será preciso quitar a primeira parcela do refinanciamento. A Macaca se propõe a quitar cerca de R$ 80 mil mensais, o dobro do mínimo exigido na lei. NOTAS DA MACACA Susto Por causa do temporal, com forte chuva e raios, na manhã desta quarta, os jogadores da Ponte interromperam o treino mais cedo no Majestoso. "Não vale a pena colocar a vida em risco", comentou o zagueiro Renato Chaves, que se contentou com atividade na academia. Pressão O lateral-esquerdo Gilson, que defendeu o Cruzeiro em 2012 e o América-MG em 2014, conhece bem o Atlético-MG. "Jogando no Horto (Estádio Independência), o time deles vem para cima e pressiona desde o começo. Só que, se soubermos segurar esta pressão, podemos tirar vantagem e sair de lá com um bom resultado", disse. Renovações A diretoria da Ponte começou a tratar das renovações dos titulares para 2016. Ferron e Renato Chaves já acertaram. Lomba, Rodinei e Gilson estão conversando. Com Biro Biro e Fernando Bob está complicado. Borges, Felipe Azevedo e Cristian interessam e Elton já tem compromisso vigente.

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