MENSALÃO

Pizzolato volta ao Brasil até segunda semana de maio

O governo brasileiro foi informado nesta sexta-feira que a Itália aceitou o pedido para extraditar Pizzolato, que tem cidadania dos dois países

Agência Estado
correiopontocom@rac.com.br
25/04/2015 às 15:51.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:31

Ex-diretor do Banco do Brasil, condenado por repassar 73,8 milhões para a agência de Marcos Valério, fugiu para a Itália ( Cedoc/RAC)

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão, será trazido da Itália para o Brasil em um voo comercial, segundo fontes da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Justiça ouvidos pelo Estadão. A expectativa é de que policiais federais busquem o ex-diretor entre a primeira e a segunda semana de maio. De acordo com o Tratado de Cooperação entre Brasil e Itália, a expectativa é de um prazo de até 20 dias para a extradição de Pizzolato. O governo pretende trazer o ex-diretor o quanto antes mas aguarda a publicação da decisão e a resolução de alguns pontos de logística entre os dois países.O governo brasileiro foi informado nesta sexta-feira que a Itália aceitou o pedido para extraditar Pizzolato, que tem cidadania dos dois países. O ex-diretor fugiu para o país europeu no fim de 2013 para escapar da prisão após ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela prática dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato (uso de cargo público para obter vantagem pessoal).A Corte de Cassação de Roma já havia autorizado judicialmente a extradição de Pizzolato no início de fevereiro. O governo aguardava desde então a autorização do governo italiano.Para autoridades brasileiras, a resposta positiva dada pelo governo de Mateu Renzi é motivo de comemoração. A extradição foi aceita mediante a confiança da Itália nas garantias dadas pelo governo brasileiro à prisão de Pizzolato. Além de ter apresentado garantias como as condições do presídio para o qual o ex-diretor será levado, no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, o Brasil assegurou a prestação de serviços consulares, aos quais todo preso estrangeiro tem direito.

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