Desempenho coloca a cidade em 11º lugar entre os 5.565 municípios brasileiros, superando várias capitais, como Florianópolis
(Rodrigo Zanotto)
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) revela um panorama de crescimento econômico que, apesar de moderado em comparação aos anos anteriores, ainda aponta para uma significativa recuperação pós-pandemia. Segundo o Índice de Potencial de Consumo (IPC) Maps 2024, as famílias da RMC deverão consumir cerca de R$ 161,59 bilhões, representando um aumento de 8,22% em relação ao ano anterior. Esse crescimento, embora robusto, é reflexo de um movimento nacional mais brando, com um aumento de 8,9% nos gastos dos brasileiros, totalizando R$ 7,3 trilhões.
A economia brasileira, conforme os dados do IPC Maps, apresenta um crescimento real de 2,5%, ligeiramente acima da previsão de elevação do Produto Interno Bruto (PIB), que é de 2,2%. Esse crescimento desacelerado, em comparação aos 3,1% de 2023 e aos 4,3% de 2022, indica uma retomada gradual e sustentada, em vez de uma recuperação explosiva, sinalizando um amadurecimento da economia que se ajusta a um novo normal pós-pandêmico.
Dentro desse contexto, a RMC manteve sua posição de destaque no cenário nacional. Ocupando a 8ª posição em termos de consumo no país e a 2ª no Estado de São Paulo, a região reafirma sua relevância econômica. Campinas, a maior cidade da RMC, responde por 37,4% do consumo total da área metropolitana, com um impressionante montante de R$ 60,43 bilhões. Esse desempenho coloca a cidade em 11º lugar entre os 5.565 municípios brasileiros, superando várias capitais, como Florianópolis, Vitória, Belém e Campo Grande.
O aumento do consumo é acompanhado por um crescimento no número de empresas na RMC. Houve um aumento de 11,57% no número de empresas, passando de 452.544 em 2023 para 504.887 em 2024. Este incremento é resultado da abertura de 52.343 novas empresas nos últimos 12 meses, uma média de seis novas empresas surgindo a cada hora. Tal dinamismo empresarial supera o desempenho nacional, que registrou um aumento de 8,1% no número de empresas.
A RMC, com Campinas à frente, mostra-se resiliente, consolidando-se como um polo de consumo e empreendedorismo. Este cenário exige políticas públicas que incentivem a continuidade desse crescimento, promovendo a inclusão social e o desenvolvimento econômico harmonioso. A RMC e Campinas, ao manterem seu dinamismo, podem servir de modelo para outras regiões que buscam equilíbrio entre crescimento econômico e qualidade de vida para suas populações.