Luto

Esse é um final de semana de luto no Guarani. Amaral, um dos maiores zagueiros da história do clube, morreu aos 69 anos na sexta-feira à noite, vítima de um câncer. “Feijão”, como era carinhosamente chamado, foi revelado no Brinco de Ouro e era daqueles zagueiros clássicos, que saía jogando de cabeça erguida, desarmava os atacantes com técnica e sabia se posicionar. Foi lançado no time profissional com apenas 15 anos de idade e fez parte de duas formações históricas do clube.

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Amaral fez parte do elenco profissional do Guarani em 1973, na primeira participação do time no Campeonato Brasileiro, e em 1976, quando a equipe venceu o primeiro turno do Campeonato Paulista. Depois de brilhar com a camisa bugrina, desfilou seu talento por outros cantos. No Corinthians, fez história. Pelo clube, foi campeão paulista de 1979. Em 1978, formou com Oscar, a zaga da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Argentina.

a frase

“Quando Rafael estiver na seleção, sem dúvida alguma o Jandrei será o goleiro”. Luis Zubeldía. técnico do São Paulo

Estádio próprio é bom negócio?

Se o futebol brasileiro conseguiu a projeção atual, certamente os estádios construídos por estados e municípios tiveram uma participação fundamental. É inimaginável pensar nos quatro gigantes cariocas sem o Maracanã. Hoje privatizado, o estádio do Pacaembu foi palco de partidas memoráveis, como a conquista da Libertadores pelo Santos em 2011, e no ano seguinte pelo Corinthians. O Mineirão foi o cenário de triunfos de Cruzeiro e Atlético Mineiro, que venceram as Libertadores de 1997 e 2013 dentro desta arena. Hoje, a nova obsessão é construir estádios por conta própria.

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Desde 2014, o Corinthians manda seus jogos na Neo Química Arena e o Pacaembu virou uma sombra do passado. O Atlético Mineiro tem agora a Arena MRV e o Mineirão ficou apenas para o Cruzeiro. O Flamengo tenta colocar de pé o projeto de possuir um campo próprio. O clube decidiu investir na aquisição de dois terrenos que totalizarão 104 mil metros quadrados na área do Gasômetro, no Rio de Janeiro. Ambos pertencem ao fundo de investimento administrado pela Caixa Econômica Federal.

Majestoso é bom caminho? E em Campinas?

Com a nova gestão sob o comando de Marco Antonio Eberlin, está enterrado momentaneamente o projeto da Arena para a Ponte Preta no local em que está o Centro de Treinamento do Jardim Eulina. Eberlin seguiu o caminho oposto e dentro das possibilidades financeiras, promove uma reforma profunda nas dependências do estádio. “Eu sou apaixonado pelo Majestoso”, disse Eberlin em entrevista à Rádio Brasil Campinas.

Brinco de Ouro

Enquanto isso, o estádio Brinco de Ouro, que celebrou 71 anos de existência anteontem, está com seus dias contados. Parte de uma negociação viabilizada para quitar dívidas trabalhistas em 2015, o local no futuro deverá abrigar um empreendimento imobiliário conduzido por Roberto Graziano. Em troca, Graziano construiria um novo centro de treinamento, sede social e estádio.

Estragos

A goleada acachapante por 6 a 0 que o Vila Nova sofreu do Paysandu, em Belém, no primeiro jogo da final da Copa Verde, provocou estragos no clube goiano. Houve troca de técnico e uma debandada já se desenha dentro do elenco. A escalação de uma equipe alternativa no segundo jogo da decisão da competição regional deixou a torcida ainda mais irritada. O Vila perdeu de 4 a 0. Aquela equipe que venceu o Guarani por 2 a 0 na estreia da Série B e tinha perspectivas de realizar uma boa temporada não existe mais.