Região Metropolitana de Campinas negocia convênio com o Governo do Estado para a formação de um cinturão de segurança que viabilize o monitoramento dos municípios por câmeras de segurança (Kamá Ribeiro)
Ícone da cultura pop da indústria cinematográfica dos anos 80, o lendário Robocop é a personificação do policial indestrutível. No roteiro do filme, após sucumbir à violência de Detroit (EUA), Alex Murphy transforma-se em uma máquina equipada com uma tecnologia de ponta robótica bélica, dotada de superpoderes para servir ao interesse público, proteger os inocentes e cumprir a lei. Na realidade, centenas de policiais civis, militares e guardas municipais arriscam as suas vidas para combater o crime organizado e a criminalidade comum com a cara e coragem, o que faz desses profissionais da segurança pública verdadeiros heróis da população.
Acuada pela crescente onda de insegurança que assola as pequenas cidades do interior - para onde os bandidos têm migrado ultimamente, dado que nesses rincões as condições de segurança são menores -, a população necessita de uma rede de apoio tecnológico que ofereça maior agilidade e eficiência nas investigações policiais e no policiamento preventivo. A notícia de que a Região Metropolitana de Campinas (RMC) negocia com o governo do Estado a formação de convênio para a criação de um cinturão de proteção conectando todas as localidades nas áreas técnicas, material e operacional é bastante alvissareira e oportuna. Com isso, será possível compartilhar, em tempo real, conteúdos que facilitem a procura de pessoas suspeitas de cometer delitos e acelerar o cumprimento da lei e da ordem, levando os criminosos a responder por seus atos, de modo a reparar o dano e fazer a devida justiça, na forma da lei. A troca de informações pode se transformar em uma poderosa ferramenta de combate ao crime. O sistema permitirá, por exemplo, que os indivíduos procurados pela polícia possam ser localizados por meio de sistemas de reconhecimento facial instalados em câmeras espalhadas pelos 20 municípios. Assim, as ruas, avenidas e logradouros públicos deixarão de ser locais seguros para os marginais se esquivarem das garras da Justiça, sem que sejam identificados, presos e levados à presença da autoridade judicial competente.
Uma vez instalada e configurada, com base nos mesmos protocolos de compartilhamento, essa rede de troca de informações deve se constituir em um verdadeiro "Robocop" das forças de policiamento que atuam conjuntamente e de modo cooperativo em todo o Estado, especialmente na RMC. Dessa maneira, ações integradas e inteligentes permitirão a otimização das operações em toda a região de Campinas.