Diego Eduardo dos Santos e Moisés Alves de Araújo Jr. integram o comitê do programa ambiental do aeroporto (Ricardo Lima)
Em mais um programa de sustentabilidade bem-sucedido implantado em Campinas, o Aeroporto Internacional de Viracopos vem substituindo quase todas as lâmpadas de vapor de mercúrio e sódio - consideradas altamente poluidoras e prejudiciais ao meio ambiente - pelas modernas e econômicas luminárias de LED. Com isso, o complexo aeroportuário estima uma redução de incríveis 70% no consumo de energia elétrica. Além disso, espera-se uma queda significativa de 60% nas emissões de dióxido de carbono (CO2). Esse gás interfere na estabilidade do efeito estufa, deixando o meio ambiente e a saúde em constante estado de calamidade diante de novas doenças e o desequilíbrio climático que resulta em temperaturas extremas, inundações devastadoras, aumento do nível dos oceanos, desertificação de extensas áreas, alteração drástica do regime de chuvas e redução da biodiversidade.
Diante de um cenário de degradação ambiental dessa dimensão, o investimento na troca de lâmpadas parece pouco perante o ganho de preservação da vida. O projeto implementado por Viracopos é tema de mais uma edição da consagrada série de reportagens publicadas pelo nosso jornal em parceria com a Sanasa. Em sua 16ª temporada, o prêmio RAC e Sanasa de Responsabilidade Ambiental divulga iniciativas de interesse coletivo, voltadas ao desenvolvimento sustentável e bem-estar da comunidade, como esse projeto de substituição de luminárias "sujas" por um sistema de iluminação mais "limpo" e econômico.
De acordo com especialistas, existem várias razões para substituir as velhas lâmpadas de vapor metálico e sódio pela de LED. Além dos ganhos em sustentabilidade, devidamente demonstrados, elas proporcionam um acendimento mais rápido e estável. Reduzem a poluição luminosa, com menor ofuscamento, permitindo, inclusive, um melhor avistamento das estrelas em noites de céu limpo. O LED fornece uma iluminação mais uniforme e dura quatro vezes mais. Além disso, por ser uma fonte de luz eletrônica não emite calor, ao contrário das lâmpadas a vapor que aquecem em demasia o ambiente iluminado, tornando-o desconfortável aos usuários de um galpão de fábrica ou quadra esportiva, por exemplo. Para concluir, o LED entrega a mesma quantidade de luz, ou até mais, consumindo muito menos energia que as lâmpadas convencionais, impactando diretamente na saúde financeira. Iniciativas como essa são merecedoras de ampla divulgação, como o faz a série RAC/Sanasa, e devem ser adotadas amplamente pelo poder público, empresas e população. Todos unidos pelo meio ambiente.