(REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados/Agência Brasil)
No mês de maio, algumas incertezas voltaram a se impor no panorama econômico, mas mesmo assim a maioria dos ativos continuou se valorizando. No cenário mundial, continua a indefinição sobre o processo de relaxamento de juros nos Estados Unidos, mas as principais bolsas registraram ganhos. Aqui no Brasil, o risco criado pela incerteza mundial se soma à deterioração da confiança no desempenho fiscal do governo e ao temor da repetição de políticas econômicas equivocadas.
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o mês de maio aos 122.098 pontos, ao menor valor de fechamento do ano, com queda de -3,04% em relação ao mês anterior. O ambiente mais receoso no mercado internacional e o temor de uma postura mais intervencionista do governo brasileiro, gastando mais em projetos de baixo retorno, contaminaram o mercado. No ano, o Ibovespa registra queda acumulada de -9,01%. Nos últimos doze meses, o Ibovespa obteve uma valorização de +12,7%.
a frase
“Todo mundo pensa em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Leon Tolstoi, escritor russo
Bolsas Internacionais
As principais bolsas internacionais registraram ganhos em maio. O índice Dow Jones teve alta de +2,30% no mês, o S&P500 teve ganho de +4,80% (alta de +26,3% em 12 meses) e a Nasdaq, bolsa das empresas de tecnologia, teve alta de +6,88% (alta de +29,4% em 12 meses). Na Europa, o índice de referência fechou o mês com valorização de +1,27%, registrando alta de +18,2% nos últimos doze meses.
Câmbio
No câmbio, o Real se desvalorizou novamente frente ao Dólar, devido à saída de capitais com a maior aversão ao risco dos investidores. Em maio, o Dólar teve alta de +1,36% frente ao Real, fechando o mês cotado a R$ 5,24. Só neste ano, o Dólar já acumula alta de +8,27%. O Euro também teve nova alta, subindo +2,89% frente ao Real e encerrando o mês passado aos R$ 5,69, com alta de +6,24% em 2024.
Renda Fixa
No mês passado, a caderneta de poupança teve remuneração de 0,59% (cadernetas com aniversário em 28 de maio). Em maio, a Selic foi reduzida para 10,5% ao ano, diminuindo o ritmo de corte de juros que vinha sendo adotado desde agosto do ano passado. Além disso, o Copom deixou de sinalizar os próximos movimentos de política monetária. O DI ofereceu uma rentabilidade bruta de 0,83% em maio. Nos últimos doze meses, a rentabilidade acumulada do DI foi de 12,01%.
Índices
Os contratos futuros de DI para 5 anos fecharam o mês de abril com rentabilidade de 11,72% ao ano, subindo pelo quinto mês consecutivo, devido ao aumento na percepção de risco. Para um prazo de 10 anos, a curva futura de juros já está em quase 12% ao ano. O IFIX, índice de referência para fundos em investimentos imobiliários, ficou estável no mês e acumula ganhos de +12,2% em doze meses.
Petróleo
O petróleo registrou queda de -4,49% em maio, com sua cotação fechando o mês aos US$ 81,31/barril. As expectativas de um crescimento mais moderado diminuem as projeções de consumo e fazem os preços baixar. Além disso, a possibilidade de reflexos negativos das tensões geopolíticas no fornecimento mundial de petróleo tem diminuído. O petróleo apresenta alta acumulada de 12% em doze meses.
Ouro
O ouro fechou o mês de maio com nova alta e valorização de 1,60%. Novamente o ouro atingiu seu máximo valor histórico e terminou o mês cotado a US$ 2.327 por onça-troy. Em doze meses, a alta do ouro é de 18,6%. O Bitcoin recuperou partes das perdas de abril e teve alta de 11,30% em maio. Considerando apenas esse ano, a alta do Bitcoin já chega a 60,4%.
Inflação
O IGP-M registrou variação de +0,89% em maio, subindo com força com a alta de matérias-primas e outros insumos industriais. Em doze meses, a retração do IGP-M está acumulada em -0,34% e já em junho deve voltar para campo positivo. O IPCA-15 teve alta de +0,44% em maio, alcançando +3,70% em 12 meses. O IPCA oficial de maio será divulgado no dia 11 de junho e deve vir também por volta de 0,40%, fazendo o acumulado do índice passar dos 3,85% ao ano.