Fazia tempo que não precisava sair às pressas, sem rumo nem garantia, à procura de um boteco para honrar o compromisso com você, leitor, neste ébrio e indispensável espaço. Para piorar, escolhi (na verdade, não tive escolha) a segunda-feira para percorrer a cidade até encontrar quem topasse, sem aviso prévio, ser o personagem da vez.
Eu e o “seu” Carlos, motorista da RAC, traçamos uma lista mental para facilitar o trabalho. Visitamos um, dois, três lugares e nada. Até que, num estalo, ele lembrou de um botequim, fora do circuito habitual, que há muito tempo serve a uma comunidade inteira com seus assados dos finais de semana.
E foi só pisar no Grima Bar e Lanchonete para que o Flávio, filho do proprietário Vanderlei, nos atendesse como se nos esperasse há anos. Para começar, sacou um torresminho da estufa e me disse para aguardar enquanto fazia o lanche especial da casa, com contrafilé. Deu para notar que, apesar de servir bem e sempre uma clientela mais velha, o Grima também recebe uma multidão diária por causa da universidade do outro lado da avenida. O sanduíche, do tamanho de um jantar inteiro, agrada e satisfaz. Porém, aos que, como eu, não procuram apenas saciar a fome, o pastelzinho de carne ou de queijo funciona melhor.Outro atrativo do Grima é a jukebox do salão. Cada vez mais rara, a inconfundível máquina de música é diversão garantida para a rapaziada que cola no bar em grupos. Aos finais de semana, principalmente aos domingos, a churrasqueira do lado de fora salva o almoço de muitas famílias nos arredores. Também pudera. Com tanto assado de qualidade, para que perder tempo sujando a louça de casa?
GRIMA BAR
Rua Antonio Viana, Jardim Odila,
f. 3271-1841. Aberto todos os dias,
das 8h até o último cliente.
