RETALIAÇÃO

Rússia proíbe primeiro-ministro inglês de entrar no país

Além de Boris Johnson, sanção vale para outros ministros ingleses

Agência Brasil
16/04/2022 às 11:47.
Atualizado em 16/04/2022 às 11:47
Vários membros do governo de Boris Johnson também foram proibidos de entrar na Rússia (Agência Brasil)

Vários membros do governo de Boris Johnson também foram proibidos de entrar na Rússia (Agência Brasil)

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está proibido de entrar na Rússia, como resposta às sanções impostas pelo Reino Unido devido à invasão militar da Ucrânia, anunciou neste sábado (16) o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

Comunicado do chanceler russo Serguei Lavrov informa que a proibição de entrada ao país estende-se também a outros funcionários de alto escalão britânicos, incluindo vários membros do governo de Boris Johnson.

"Esta medida foi tomada em resposta à campanha política e midiática desenfreada destinada a isolar a Rússia internacionalmente e criar as condições para (...) estrangular a economia nacional", justificou a diplomacia russa.

De acordo com Moscou, o governo britânico "agrava propositadamente a situação em torno da Ucrânia, enchendo o regime de Kiev de armas letais e coordenando esforços semelhantes por parte da Otan [Oraganização do Tratado do Atlântico Norte]".

"A política russofóbica das autoridades britânicas, que se encarregaram de promover uma atitude negativa em relação ao nosso país e de congelar laços bilaterais em praticamente todas as áreas, prejudica o bem-estar e os interesses dos habitantes da própria Grã-Bretanha", destaca o comunicado.

Além de Boris Johnson, a proibição de entrada na Rússia abrange também o vice-primeiro-ministro Dominic Raab, a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss, o ministro da Defesa Ben Wallace, a ex-primeira-ministra e agora deputada Theresa May e a primeira-ministra escocesa Nicola Sturgeon.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.

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