Rafael Correa, presidente do Equador (Divulgação)
O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito com 57,1% dos votos nas eleições do último dia 17 de fevereiro, segundo a apuração de 100% das urnas nesta segunda-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Correa, um economista de esquerda, foi reeleito em primeiro turno para seu segundo mandato de quatro anos com 4,9 milhões de votos, enquanto seu principal rival, o banqueiro Guillermo Lasso, obteve 22,7% da preferência do eleitorado (1,9 milhão).
Atrás ficaram o ex-presidente Lucio Gutiérrez (6,7%), Mauricio Rodas (3,9%) de direita, o magnata Álvaro Noboa (3,7%) - que concorria à presidência pela quinta vez -, além de Alberto Acosta (3,2%) e Norman Wray (1,31%), ambos de esquerda, e o pastor evangélico Nelson Zavala (1,23%).
Para ser reeleito no primeiro turno, como já havia sido em 2009 - mas em eleições antecipadas após a promulgação de uma nova Carta Magna -, era exigido que Correa, de 49 anos, obtivesse a metade mais um dos votos ou 40% e uma diferença de 10 pontos sobre seu adversário direto.
Por outro lado, o CNE ainda não revela a nova conformação da Assembleia Legislativa, mas as diferentes forças políticas dão por certo que o movimento governista Aliança País (AP) conseguiu, pela primeira vez, uma maioria absoluta.
Uma contagem rápida da ONG Participação Cidadã - autorizada pelo CNE - estimou 90 assentos (66%) para a AP - de um total de 137 -, seguido do movimento de Guillermo Lasso, Criando Oportunidades (CREO), com 12 cadeiras (9%).
Por sua vez, Correa, que iniciará seu novo mandato no dia 24 de maio, garantiu que seu partido conseguiu entre 97 e 98 cadeiras.
O CNE estendeu até o próximo fim de semana o prazo para que as províncias costeiras de Guayas e Los Ríos concluam a contagem dos votos. Outras 22 regiões já terminaram a apuração.
Nesses dois estados, alguns candidatos denunciaram inconsistências no processo eleitoral e uma nova contagem teve que ser realizada.
Correa foi enfático ao afirmar que não disputará um novo mandato em 2017, enquanto que Lasso reiterou em uma entrevista no domingo que não descarta se candidatar nas próximas eleições e que os resultados o consagraram como o novo líder da oposição.