O aceno a Guedes ocorre depois crise gerada pelas mudanças no teto de gastos e a debandada na equipe econômica de técnicos que discordaram da flexibilização no instrumento que limita as despesas do governo
A ideia de Bolsonaro ir até a sede da Economia foi para mostrar apoio ao ministro, que, apesar de especulações, pretende permanecer no governo (Antonio Cruz/Agência Brasil)
O Ministério da Economia informou no período da tarde desta sexta-feira, 22, que o presidente Jair Bolsonaro está reunido com o chefe da pasta, Paulo Guedes, no prédio do ministério. Conforme o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) apurou mais cedo, a ideia de Bolsonaro ir até a sede da Economia foi para mostrar apoio ao ministro, que, apesar de especulações, pretende permanecer no governo.
O aceno a Guedes ocorre depois crise gerada pelas mudanças no teto de gastos e a debandada na equipe econômica de técnicos que discordaram da flexibilização no instrumento que limita as despesas do governo. A crise provocou rumores de que Guedes também poderia deixar o cargo.
A expectativa é que, ainda nesta sexta-feira, sejam anunciados os novos secretários da Economia.
Como mostrou o Broadcast mais cedo, o mais cotado para o cargo é Esteves Colnago: a tendência é que o novo secretário monte sua equipe em acordo com Guedes e escolha o novo secretário do Tesouro.
Os cargos estão vagos depois da debandada ocorrida na pasta após perder para a ala política a disputa interna no governo pela manutenção do teto de gastos.
Pediram exoneração na quinta-feira o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas. Também pediram para deixar o cargo o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo.
Os jornalistas que aguardavam Bolsonaro na portaria do ministério foram convidados há pouco a se instalarem no auditório do prédio, o que reforça a expectativa para algum anúncio da pasta.