Uma argentina de 22 anos se casará com o assassino da irmã gêmea esta quinta-feira (14), quando muitos países comemoram o Dia dos Namorados, após os noivos receberem autorização da Justiça, segundo a qual a jovem não sofre de transtornos psicológicos.
"O local do nosso casamento é secreto para manter a intimidade da cerimônia", disse nesta quarta-feira Victor Cingolani, condenado a 13 anos de prisão pelo assassinato de Johana Casas, irmã gêmea de sua futura esposa, Edith Casas.
Cingolani, que está preso na penitenciária de Pico Truncado (Santa Cruz, 1.500 km ao sul de Buenos Aires), é acusado, ao lado de Marcos Díaz, do assassinato em 2010 de Johana Casas, de quem também foi namorado.
"Para mim as duas morreram. Johana está com Deus e Edith, com o diabo", desabafou Valentín Casas, pai das gêmeas, segundo quem Cingolani "é o verdadeiro assassino da minha filha, um psicopata".
O acusado afirmou à Radio Diez que é inocente e disse confiar que "apesar de terem me condenado, vou sair; tenho fé porque as provas são totalmente falsas".
A juíza de Pico Truncado, Gabriela Zapata, autorizou o casamento ao destacar que não foram detectados transtornos psicológicos em Edith nos estudos solicitados por sua mãe, Marcelina Orellana, que teria conseguido a suspensão do casamento que estava prevista, a princípio, para dezembro do ano passado.
Cingolani disse que só convidou para o casamento o escritor Rodolfo Palacios, de quem se disse amigo e que o visitou na prisão. O escritor é autor, entre outros, do livro "Pasiones que matan, 13 crímenes argentinos".