Chefes das missões diplomáticas se reunirão neste sábado "para buscar uma posição comum"
Kim Jong Un cumprimenta soldados na Coreia do Norte (France Press)
Os chefes das missões diplomáticas dos países europeus que têm representação em Pyongyang se reunirão neste sábado (6) na capital norte-coreana para discutir uma eventual retirada, após o agravamento da situação na península coreana, enquanto o polo industrial binacional de Kaesong permanece fechado.
A Coreia do Norte, que deslocou um segundo míssil de médio alcance para a costa leste - alimentando os temores de um disparo iminente -, advertiu que a partir de 10 de abril não poderá garantir a segurança das embaixadas no caso de conflito.
Os chefes das missões diplomáticas da União Europeia presentes em Pyongyang se reunirão neste sábado "para buscar uma posição comum e uma ação comum" sobre os funcionários, afirmou à AFP o ministério búlgaro das Relações Exteriores.
"O discurso do governo norte-coreano é que a partir de 10 de abril não poderá garantir a segurança das embaixadas, nem das organizações internacionais no país em caso de conflito", disse à AFP uma fonte do Foreign Office britânico.
No entanto, nenhum país parece ter planos de retirada imediata. Algumas capitais consideram que esta é uma nova manobra de Pyongyang para aumentar a pressão.
O ministério das Relações Exteriores da Alemanha informou que "no momento" sua embaixada pode seguir trabalhando na Coreia do Norte, mas destacou que a segurança esté em permanente avaliação.
O porta-voz da Casa Branca afirmou na sexta-feira que as ameaças não são novas e que não descarta o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte.
"Não ficaríamos surpresos se atuassem desta maneira", declarou Jay Carney.
A Coreia do Norte transportou durante a semana dois mísseis Musudan de médio alcance para a costa leste do país, onde foram instalados em veículos equipados com um dispositivo de disparo.
Ao mesmo tempo, o acesso ao industrial intercoreano de Kaesong permanece fechado. A Coreia do Norte impede desde quarta-feira a entrada no complexo das centenas de sul-coreanos que trabalham no local.
Vários caminhões sul-coreanos que transportavam material para o complexo foram obrigados a retornar na fronteira, que fica a 10 km do polo.