Comportamentos controversos emergem em Kazan enquanto o Brasil defende a paz no Oriente Médio, e a Rússia recebe apoio militar da Coreia do Norte, ampliando tensões internacionais
(Alexander Nemenov)
A cúpula dos BRICS, em Kazan, foi marcada por comportamentos polêmicos diante de ações mundiais que podem escalar conflitos e guerras.
Em meio a um ataque terrorista na Turquia, o envio de tropas da Coreia do Norte à Ucrânia e a escalada dos bombardeios em Gaza e no Líbano, a presença dos 36 países evidenciou uma tímida mas crescente influência de economias emergentes.
Enquanto o presidente Vladimir Putin destacou a Rússia como um contrapeso aos EUA e a necessidade de uma nova ordem global, ele utilizou a cúpula para reforçar a posição da Rússia como “protagonista” em um mundo multipolar.
Brasil e China alegaram tentar promover a paz por meio do grupo "Amigos da Paz".
Assim como outros representantes, o chanceler brasileiro Mauro Vieira, criticou a omissão internacional diante do conflito no Oriente Médio abordando a situação da Faixa de Gaza, mas manteve a neutralidade, mais uma vez, com relação à guerra Rússia e Ucrânia.
A neutralidade de nações em casos de escalada de guerra é entendida por muitos especialistas como perigosa e prejudicial à resolução dos conflitos: “essa postura enfraquece os princípios de direitos humanos e a autoridade da ONU”.
No contexto da guerra na Ucrânia, o apoio recente da Coreia do Norte à Rússia levanta preocupações sobre a escalada do conflito e o perigo da neutralidade de alguns países em relação a esse assunto de extrema importância.
Essa postura de neutralidade, somada ao apoio explícito de países como a Coreia do Norte à Rússia, pode agravar tensões globais, comprometendo a busca por soluções duradouras e minando os esforços de paz promovidos por organismos internacionais.
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