Últimas pesquisas divulgadas na noite de sábado concedem ao atual presidente 64,1% de votos
Os equatorianos votam neste domingo em um dia que promete uma vitória esmagadora do presidente Rafael Correa, que ampliaria seu mandato até 2017 para radicalizar, segundo ele mesmo disse, suas políticas socialistas.As urnas foram abertas às 07h00 locais (09h00 de Brasília) e fecharão dez horas depois. Ao declarar inaugurado o processo, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Domingo Paredes, convocou a população a votar.
Em algumas escolas de Quito já podia ser observada a chegada de eleitores.
Correa, um economista de 49 anos que tem, segundo as pesquisas, uma popularidade de até 80%, deve ser reeleito no primeiro turno, como já ocorreu em 2009 em eleições antecipadas, após a promulgação em 2008 de uma nova Constituição impulsionada por ele.
As últimas pesquisas privadas divulgadas na noite de sábado concedem ao atual presidente entre 64,1% e 68,1% das intenções de voto, bem longe de seus sete oponentes.
A empresa Market coloca em segundo lugar o banqueiro Guillermo Lasso, com 16,4% de apoio, enquanto a pesquisa da companhia CMS prevê que o aspirante da direita acumularia 20,5% dos votos.
Para evitar o segundo turno, o governante precisa de pelo menos 50% dos votos válidos (sem incluir brancos ou nulos) ou 40% deles e uma diferença de ao menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.
Segundo a Market, atrás de Lasso estarão o ex-presidente Lucio Gutiérrez (7,3%), o esquerdista Alberto Acosta (4,5%) - ex-aliado de Correa -, o magnata Álvaro Noboa (3,6%) - que já se candidatou ao cargo quatro vezes - e o direitista Mauricio Rodas (2,5%).
Com menos de um ponto percentual aparecem o pastor evangélico Nelson Zavala (0,9%) e o esquerdista Norman Wray (0,8%).
Na pesquisa da CMS, Acosta figura em terceiro (3,26%) e Gutiérrez em quarto (2,70%).
Os equatorianos também vão às urnas para eleger seus representantes no Congresso. Segundo o diretor da CMS, Santiago Cuesta, Correa deve obter com seu movimento Alianza País (AP) uma maioria absoluta com entre 60% e 65% dos 137 assentos.
Atualmente, o AP tem o principal bloco, mas não chega a ser maioria, razão pela qual Correa colocou como objetivo chave consolidar sua força no Legislativo para avançar com projetos pendentes e com outros com os quais, segundo este crítico do neoliberalismo, tornará "irreversível" sua "revolução cidadã".