ECONOMIA

Chipre adia debate de plano alternativo de resgate

O debate foi adiada porque a comissão parlamentar de finanças ainda está examinando os projetos

France Press
correiopontocom@rac.com.br
22/03/2013 às 07:33.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:35

A sessão extraordinária do Parlamento cipriota prevista para a manhã desta sexta-feira (22), na qual seriam debatidos os projetos de lei destinados a arrecadar bilhões de euros para garantir um plano de resgate internacional, foi adiada.

Os deputados haviam sido convocados para um debate às 10H00 (5H00 de Brasília), mas a sessão foi adiada porque a comissão parlamentar de finanças ainda está examinando os projetos, destacou a imprensa local.

Pressionado pelos sócios da Eurozona e depois de não conseguido a ajuda da Rússia, o governo de Nicósia busca um plano alternativo aceitável para os europeus com o objetivo de arrecadar sete bilhões de euros, parte do plano de resgate.

A UE e o Fundo Monetário Internacional prometeram 10 bilhões de euros para refinanciar a dívida do país e evitar sua falência.

As autoridades cipriotas trabalham contra o tempo, depois que o Banco Central Europeu anunciou que sem acordo entre Nicósia e seus credores (UE e FMI), na segunda-feira cortará o fornecimento de liquidez aos bancos da ilha.

As negociações entre Chipre e Rússia em Moscou chegaram ao fim nesta sexta-feira sem acordo, pois as empresas russas não demonstraram interesse nas propostas de investimentos nos setores energético e bancário da ilha, informou o ministro russo das Finanças, Anton Siluanov.

Sobre a prorrogação de um empréstimo de 2,5 bilhões de euros concedido em 2011 por Moscou a Nicósia, a Rússia espera uma decisão dos credores para decidir sua participação em uma reestruturação da dívida", afirmou Siluanov.

A chanceler alemã, Angela Merkel, advertiu que o Chipre "não deve abusar da paciência dos sócios da zona do euro", segundo vários deputados que participaram em um encontro com a chefe de Governo nesta sexta-feira.

Merkel reclamou que Nicósia "não entrou em contato com os credores durante vários dias", segundo um dos participantes da reunião a portas fechadas no Bundestag.

Merkel nega que os fundos de pensão cipriotas estejam envolvidos no plano de resgate, como afirmam as autoridades da ilha, com o objetivo de arrecadar recursos em troca da ajuda internacional.

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