Mais de 9.000 homens caçam suspeito dos atentados em Boston (France Presse)
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A lancha dos anos 1980 coberta de sangue, no jardim de uma rua habitualmente tranquila, onde o suspeito dos atentados de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, se escondeu, tem atraído os moradores locais, que buscam se recuperar do estado de choque.
Em frente à casa de Dave Henneberry, na rua Franklin em uma área pacata de Watertown, câmaras de televisão e curiosos se espremiam contra o cordão de isolamento colocado pela polícia no jardim da casa.
O vizinho George Pizzuto contou à rede de televisão ABC como Henneberry descobriu o jovem procurado por milhares de agentes policiais da cidade.
"Ele olhou para o jardim e observou que havia algo estranho em sua lancha. Então pegou sua escada para ir a ver, a colocou de um lado da lancha e subiu. Viu que tinha sangue sobre a lancha e acreditou ver um corpo do lado de dentro. Ele se abaixou rapidamente e chamou a polícia", conta.
Dzhojar Tsarnaev, de 19 anos, finalmente se entregou, após uma troca de tiros e tentativas de negociação. O suspeito, que foi hospitalizado gravemente ferido, não pôde ser interrogado de imediato.
Outro vizinho, Greg Turner, ainda estava assustado com o que aconteceu. "As bombas (que explodiram na maratona), já tinham sido um choque, mas o que aconteceu aqui é incrível", disse.
Rebecca Heavey, também vizinha, narra os fatos como se fosse um filme. "Estávamos olhando pela janela e vimos que havia um grupo de policiais muito armados em frente a nossa casa. De repente houve disparos, nos atiramos no chão, mas não sabíamos o que estava acontecendo".
"Olhei pela janela, vi um policial sobre meu carro, outros, armados, se protegiam atrás do meu carro. Depois um policial viu que estávamos olhando pela janela e nos disse para pegar nossos sapatos e fugir; foi o que fizemos", conta, acrescentando que "foi terrível".
Dave Henneberry, o herói do momento, não quer falar com a imprensa e prefere esperar que as coisas se acalmem para voltar a sua casa, onde não encontrará sua lancha.
"Esta lancha era seu xodó, cuidava dela com amor. Agora disseram que ela está absolutamente inutilizável. Vai ficar com o coração partido", comenta Pizzuto.
No Facebook, uma campanha foi lançada para comprar uma nova lancha para ele.