VENEZUELA

Capriles diz que presidência de Maduro é ilegítima

Capriles denunciou a decisão desta sexta-feira do Supremo Tribunal de Justiça

France Press
correiopontocom@rac.com.br
09/03/2013 às 08:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:33

Capriles denunciou ainda os governistas que "utilizam a morte do presidente com objetivos eleitorais" (France Press)

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles afirmou nesta sexta-feira (8) que a posse de Nicolás Maduro como presidente interino, prevista para as próximas horas, é ilegítima.

"Este juramento que se vai fazer agora e espúrio", disse Capriles, assinalando que Maduro "não foi eleito presidente por ninguém" e que a oposição não está disposta a "tolerar abusos de poder".

Capriles denunciou a decisão desta sexta-feira do Supremo Tribunal de Justiça que confirmou a presidência interina de Maduro até a realização de eleições, no prazo de 30 dias, após a morte do presidente Hugo Chávez.

Maduro deve ser empossado na Assembleia Nacional na noite desta sexta-feira, sem a presença dos legisladores da oposição .

O líder da oposição estimou que Maduro deveria conduzir o país até as próximas eleições como vice-presidente.

Capriles destacou que o artigo 233 da Constituição estabelece que se a falta absoluta do presidente se produzir durante os primeiros quatro anos do mandato, "se encarregará da presidência da República o vice-presidente".

"É um vice-presidente que se encarrega da presidência, e não um presidente interino", denunciou Capriles, assinalando que a oposição tomará decisões a respeito "nas próximas horas".

O Supremo decretou que Chávez, reeleito em outubro e que deveria tomar posse no dia 10 de janeiro, iniciou seu mandato de fato, apesar de não ser empossado formalmente devido ao câncer.

"Senhores do Supremo, vocês não são o povo, vocês não dizem quem é o presidente e quem não é", afirmou Capriles, governador do estado de Miranda.

Capriles denunciou ainda os governistas que "utilizam a morte do presidente com objetivos eleitorais".

Os 'funerais de Estado' de Chávez ocorreram nesta sexta-feira, em Caracas, na presença de mais de 30 chefes de Estado e de governo.

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