Mulher que é branca se passa por ativista negra ( Reproduçã/ Globo News)
Uma graduada integrante de um grupo defensor dos direitos dos afro-americanos, Rachel Dolezal pediu demissão de seu posto, em meio à polêmica sobre a identidade racial dela. Os próprios pais da ativista afirmaram que ela se retratou falsamente como negra, embora fosse na verdade branca.A National Association for the Advancement of Colored People (NAACP) anunciou nesta segunda-feira que Dolezal estava deixando o posto de chefe de uma de suas sucursais locais no Estado de Washington. O grupo afirmou que a atenção em relação à figura dela estava desviando a entidade de seus objetivos."O diálogo inesperadamente mudou internacionalmente para minha identidade pessoal no contexto da definição de raça e etnia", diz o comunicado atribuído a Dolezal.Enquanto isso, a cidade de Spokane está investigando se ela mentiu sobre sua etnia, ao entregar um documento a um órgão de monitoramento da polícia municipal. Em seu documento, ela disse que suas etnias incluíam negro, branco e nativa americana.A mãe da ativista, Ruthanne Dolezal, disse que a origem da família é checa, sueca e alemã, com um traço de herança nativa americana. A controvérsia surgiu na semana passada, após os pais da ativista divulgarem fotos dela quando garota, com uma pele bastante clara e cabelo muito loiro.Integrante da sucursal da NAACP onde Dolezal era presidente, Kitara Johnson saudou a demissão dela, que havia sido eleita para o posto havia seis meses. "Isso é a melhor coisa que pode acontecer agora", disse ela hoje à Associated Press. Johnson disse esperar que Dolezal permaneça como membro da organização.Dolezal, hoje com 37 anos, frequentou a Universidade Howard, historicamente associada aos negros nos Estados Unidos. Atualmente, ela leciona Estudos Africanos em uma universidade local e é casada com um homem negro. Fonte: Associated Press.