Sete jovens condenados à morte por roubo a mão armada foram executados nesta quarta-feira na Arábia Saudita, que ignorou os pedidos de organizações de defesa dos direitos humanos."Os sete homens foram fuzilados em uma praça pública da cidade de Abha, sul do reino", afirmou uma testemunha à AFP.
Todos foram condenados à morte por roubo a mão armada e roubo de joias em 2005, quando eram menores de idade.
Os defensores dos direitos humanos haviam pedido às autoridades do reino a suspensão da execução dos jovens, com idades de 20 a 24 anos, por considerar que o julgamento foi marcado por irregularidades e que os réus foram torturados.
"A execução dos sete homens seria um ato de pura brutalidade", afirmou a Anistia Internacional em um comunicado publicado pouco antes da execução.
A Human Rights Watch também se manifestou contra a execução, assim como três especialistas dos direitos humanos da ONU.
Desde o início do ano, o reino wahabita executou 25 pessoas. Em 2012 foram decapitados 76 réus, segundo uma contagem da AFP com base em comunicados divulgados pelo ministério do Interior.
Estupro, assassinato, apostasia, roubo a mão armada e tráfico de drogas são crimes passíveis da pena capital na Arábia Saudita, que aplica uma interpretação rígida da lei islâmica.