tensão

Após Ricardo Barros atacar CPI, senadores reagem e Aziz suspende reunião

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), após o parlamentar afirmar que a investigação no Senado produziu um efeito negativo para o País e afastou o interesse de empresas na venda de vacinas para o Brasil

12/08/2021 às 13:59.
Atualizado em 25/03/2022 às 19:24

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid suspendeu o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), após o parlamentar afirmar que a investigação no Senado produziu um efeito negativo para o País e afastou o interesse de empresas na venda de vacinas para o Brasil.

"O mundo inteiro quer comprar vacinas e eu espero que essa CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito, afastou muitas empresas interessadas em vender vacina ao Brasil que não se interessam mais..."

O ataque causou críticas imediatas. "Isso não é verdade", disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS). "Aí não dá", emendou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). A declaração de Ricardo Barros foi feita quando ele respondia sobre a negociação de 60 milhões de doses, ao preço de US$ 17 por dose, da vacina Convidecia, produzida pelo laboratório chinês CanSino. A vacina é representada no Brasil pela Belcher Farmacêutica e entrou na mira da comissão.

Após a suspensão da reunião, Barros concedeu uma entrevista no Senado ao lado de governistas e reforçou as críticas. Ele disse "lamentar" o fato de o País não ter comprado as vacinas que entraram na investigação da comissão, citando Covaxin, Sputnik e CanSino. "Estou pronto para responder a todas as perguntas, mas não posso repetir que mentiras repetidas vezes se tornem verdade", afirmou o deputado. De acordo com o senador Marcos Rogério (DEM-RO), o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), demonstrou disposição de cancelar o depoimento de hoje e aprovar uma nova convocação para Ricardo Barros.

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