Boate Kiss, onde jovens morreram após incêndio (CEDOC)
O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP) emitiu nesta quinta-feira (28) parecer favorável à prisão preventiva pedida pela Polícia Civil dos sócios da Boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Os quatros já estão cumprindo prisão temporária. A polícia alegou garantia da ordem pública e conveniência da investigação.
No parecer, os promotores Maurício Trevisan e Joel Oliveira sustentam que as investigações policiais sobre o incêndio da Boate Kiss, ocorrido dia 27 de janeiro e que matou 239 pessoas, apontam que os quatro tiveram condutas relacionadas ao incêndio.
Para sustentar o parecer, os promotores sustentaram que os proprietários Elissandro e Mauro, ao manterem a boate em funcionamento sem condições de segurança, submeteram as pessoas “a altíssimo risco na busca de lucro e maximização de proveito econômico do negócio que geriam”.
Com relação aos integrantes da banda, o MP alega que eles, ao usarem o artefato pirotécnico, contraindicado para ambientes fechados, também foram “movidos na busca de proveito econômico, agindo de modo direto na criação do risco que acabou se concretizando e gerando o incêndio”.