SENTENÇA

Mizael é condenado a 20 anos por morte de Mércia

O policial reformado foi condenado pelo assassinato da ex-namorada em 23 de maio de 2010

Agência Estado
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14/03/2013 às 12:34.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:44

Julgamento de Mizael Bispo começa na segunda-feira (Cedoc/RAC)

O ex-policial militar Mizael Bispo dos Santos foi condenado nesta quinta-feira (14) a 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da ex-namorada, a advogada Mércia Nakashima, em maio de 2010.

A sentença foi lida pelo juiz Leandro Cano, no Fórum de Guarulhos (SP). O julgamento foi transmitido ao vivo pela televisão.

O número de manifestantes a favor da condenação de Mizael foi maior no último dia de julgamento. Antes da sentença, eles soltaram fogos de artifício. Grupos formados por famílias que tiveram parentes vítimas de violência foram prestar solidariedade à família de Mércia Nakashima.

Defesa

O juiz Leandro Bittencourt Cano comentou as críticas feitas nesta quinta-feira por pessoas fora do Fórum de Guarulhos sobre a pena de Mizael Bispo dos Santos. “A maior crítica da população nem é em relação a pena, o problema é o efetivo cumprimento da pena”, disse, defendendo que antes de alguém ser liberado para o regime semiaberto ou solto, ele deveria passar por exames que comprovem que está apto a ser reintegrado a sociedade.

Cano elogiou a conduta dos jurados e disse que a transmissão do julgamento é uma forma de demonstrar a transparência do Judiciário. Ele também disse que saiu deste julgamento com a sensação de dever cumprido.

Já o advogado Samir Haddad Júnior, um dos três defensores de Mizael, classificou o julgamento do seu cliente como “um dos maiores erros judiciários do País”. “Já apelamos, (a apelação) vai para o Tribunal de Justiça. Vamos recorrer, sem dúvida”.

O advogado disse que, caso os desembargadores do Tribunal de Justiça não acatem seu recurso, irá recorrer nas instâncias superiores, em Brasília. “Vamos pedir a redução da pena.” O réu deverá ficar no Presídio Romão Gomes, onde já estava detido, até que todos os recursos da defesa sejam julgados.

“Achei a condenação errada porque é réu primário.”, continuou o advogado, que, durante os últimos quatro dias, tentou convencer os jurados de que seu cliente é inocente. Após votarem os quesitos propostos pelo juiz, os jurados disseram que concordariam em ter sua imagem divulgada pela transmissão ao vivo. “Acho que não foi negativo (o fato de o júri ser transmitido), mas os jurados entraram nessa pilha de querer aparecer.”

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