Os integrantes do Bom Senso FC entregaram nesta segunda-feira (7) um dossiê com cinco reivindicações ao presidente da CBF, José Maria Marin. A reunião, que durou cerca de duas horas, no Rio de Janeiro, agradou ao dirigente, que prometeu dar uma resposta ao grupo de jogadores em duas semanas."Gostei muito da reunião. Os jogadores se mostraram ponderados e com o entendimento de que algumas mudanças não podem ser feitas de um dia para o outro. O mais importante é que houve o consenso de que a CBF tem como maior objetivo fazer de tudo o que é possível em benefício do futebol brasileiro", declarou Marin, que esteve acompanhado do vice-presidente Marco Polo Del Nero. O presidente recebeu das mãos de Paulo André, Cris, Dida, Juninho Pernambucano e Seedorf um dossiê com as cinco reivindicações do Bom Senso FC. O grupo quer discutir com a CBF o calendário do futebol brasileiro, as férias dos atletas, o período da pré-temporada, o fair play financeiro e a representatividade dos jogadores em congressos técnicos. Em nota, Marin argumentou que algumas das solicitações dos jogadores já estão sendo estudadas pela CBF, como o fair play financeiro. O dirigente garantiu também que está conversando com líderes das federações estaduais para solucionar a questão da pré-temporada, reduzida no calendário de 2014, divulgado recentemente. "Estou conversando com os presidentes das Federações e solicitando o adiamento do início dos Estaduais, para que se encontre uma solução que consiga conciliar as necessidade dos jogadores, na sua preparação na pré-temporada, e dos clubes", assegurou o presidente da CBF, que prometeu encaminhar o dossiê a todos os segmentos envolvidos no futebol, como sindicatos e emissoras de TV. Marin prometeu dar uma resposta aos jogadores sobre as reivindicações em duas semanas. O prazo se deve aos compromissos do dirigente com a seleção brasileira na Ásia. O grupo de Luiz Felipe Scolari fará dois amistosos, no sábado (12) e na próxima terça-feira (15), em Seul e Pequim. "Eles [jogadores] saíram daqui conscientes de que à CBF não cabe também uma decisão unilateral sobre os problemas abordados. O que torna necessária a discussão com todos os setores envolvidos para que se chegue a uma solução que seja benéfica para o futebol brasileiro como um todo", afirmou Marin.