A CBF admitiu nesta segunda-feira que as manifestações nas cidades brasileiras são "preocupantes" e criticou a violência dos protestos. "Claro que sempre causa uma certa preocupação", declarou o presidente da CBF, José Maria Marin, no hotel Copacabana Palace no Rio de Janeiro.
"Seria preferível que toda a atenção estivesse voltada exclusivamente para o futebol e acho que essa é a preocupação de grande parte do povo brasileiro", insistiu. "A manifestação sem a violência tem de ser respeitada. Em uma democracia é perfeitamente normal. O que não pode existir é a violência. Ninguém aceita".
Questionado se a violência da polícia não era aceitável, Marin respondeu: "O que estou dizendo é que a manifestação de forma democrática e sem violência tem de ser respeitada. Ninguém aceita a violência, não é o melhor caminho. Sempre fui um homem de diálogo".
Já o vice-presidente da CBF, Marco Polo del Nero, tentou minimizar a importância dos manifestantes. "Foram quantos? Mil? Tem 199 milhões de brasileiros trabalhando e esses querendo atrapalhar", atacou.
Para ele, a polícia está "bem preparada" e garante que não viu nenhum "deslize". Del Nero admitiu que espera que o protesto não se repita em 2014. "O povo brasileiro é tranquilo. Já já vai entender que a Copa é o maior evento do mundo", disse.
Ao ver que jornalistas o pressionavam sobre o assunto, reagiu: "Vamos falar de futebol? "Temos de falar de coisas positivas e fazer a torcida gritar 'Brasil, Brasil, Brasil'".