Fachada da Boate Kiss onde 231 pessoas morreram e centenas ficaram feridas por causa de incêndio na madrugada de domingo (27) (AGÊNCIA BRASIL)
O juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, revogou a prisão temporária e decretou a prisão preventiva, nesta sexta-feira (1º), dos quatro suspeitos de envolvimento no incêndio da boate Kiss. A decisão atende ao pedido feito pela Polícia Civil na quinta-feira (28).
Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios do estabelecimento, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, integrantes do grupo Gurizada Fandangueira, já estão na Penitenciária de Santa Maria há um mês. Se a prisão preventiva não fosse decretada, eles sairiam da cadeia neste domingo (03).
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro, quando uma fagulha de um sinalizador usado pela banda em show pirotécnico chegou ao teto da casa noturna e queimou a espuma de revestimento acústico. O fogo se alastrou rapidamente, gerando uma fumaça tóxica que matou 239 pessoas.
A investigação deve apontar os responsáveis por falhas como show com fogos em local fechado, extintores vazios, casa superlotada e falta de sinalização e de saídas de emergência. O inquérito terminaria neste domingo (03), mas será prorrogado por mais dez dias.