Grupo de Jepeiros Tartaruga, em trilhas do Joaquim Egidio ( Leandro Ferreira/AAN)
Em busca de adrenalina, aventura e contato com a natureza, os integrantes do clube Jeepeiros Tartaruga percorrem trilhas e caminhos em toda a Região Metropolitana de Campinas (RMC). Os trechos incluem estradas de terra batida a trilhas acidentadas, com pedras, buracos e riachos. Fundado há 13 anos por um grupo de amigos de Campinas, o grupo conta atualmente com 45 integrantes de várias cidades da região, como Valinhos, Paulínia, Indaiatuba e Sumaré. A faixa etária dos membros do clube é extensa e vai dos 30 aos 65 anos. Os integrantes do Jeepeiros Tartaruga se reúnem todos os fins de semana e percorrem um roteiro diferente. Entre as trilhas preferidas pelos jeepeiros na RMC estão rotas em Jaguariúna, Morungaba, Itatiba e Cosmópolis. Os integrantes do grupo realizam também passeios para cidades mais distantes, como Campos do Jordão, Serra da Canastra, Serra dos Cristais, Cambuí (MG) e Camanducaia (MG). Independente dos destinos, o objetivo é o mesmo: tirar o estresse da cidade e apreciar a paisagem e o contato com a natureza. “Todo os fins de semana nós andamos em uma trilha em busca de diversão, é viciante. As trilhas normalmente são mais perto pela segurança, mas também fazemos passeios mais longos. A duração da trilha depende muito das condições da estrada”, explicou o presidente do Jeepeiros Tartaruga, o contabilista Sérgio Italiano, de 48 anos. “O nome Tartaruga surgiu porque na trilha não dá para correr, vai todo mundo devagar um atrás do outro”, revelou Italiano, lembrando que todos os trajetos são feitos com equipamentos de segurança e responsabilidade. “Para nós quanto pior o caminho, melhor. Mas sempre com muito cuidado, é preciso ter técnica”, disse. Além das estradas que cruzam cidades da RMC, outra opção dos jeepeiros são trilhas e fazendas particulares localizadas em trechos urbanos dentro de Campinas. “Quando temos pouco tempo as opções são a trilha da Galinha e a Ponte Quebrada, em Joaquim Egídio. No meio do mato dá para ver a cidade de Campinas. Também andamos em fazendas particulares, todas com autorização, como por exemplo a Fazenda do Rosário, dentro do bairro Gramado. Mas estamos perdendo espaço porque estão acabando as fazendas”, ressaltou Italiano.Integrante mais velho do Jeepeiros Tartaruga, o comerciante Antonio Deyrmendjian, de 65 anos, afirma se sentir um garoto quando percorre as trilhas com seu jipe. Ele conta que a paixão pela natureza e o desejo de deixar o estresse de lado foram os fatores que o motivaram a entrar para o grupo, há seis anos. “Não tem idade para andar de jipe, me sinto à vontade. A idade cronológica é uma coisa, a que sinto, é outra. Quando não tinha o jipe pegava o carro e saía pelo mato, mas sempre quis ter um jipe. Há seis anos resolvi aproveitar o tempo que falta, comecei com quase 60 anos”, contou. Outro membro dos Jeepeiros Tartaruga, o militar Paulo Sérgio Gouvêa, de 47 anos, faz parte do grupo há cerca de quatro anos. Segundo ele, a amizade formada entre os integrantes, mulheres e filhos, fazem do grupo uma verdadeira família. “É um grupo muito bacana, onde todo mundo é amigo e bastante unido. Não tem competição e discriminação. Se não tivesse o jipe não iria conhecer a região e ficaria em casa. Tem muito lugar para andar na região”, lembrou Gouvêa.Para entrar no grupo basta entrar em contato com o presidente do Jeepeiros Tartaruga e participar de uma reunião realizada pelo clube às quintas-feiras. Além, é claro, de ter paixão pela natureza, responsabilidade e muita disposição. “Quem quiser vir para o grupo entra em contato pelo nosso site e comparece a uma das nossas reuniões. Já aviso que é um grupo família. Quando o integrante é novo a gente ensina e faz caminhos mais leves”, finalizou Italiano.