SANTOS

Hospital dos Estivadores fica para depois

Se reabrisse neste ano, espaço minimizaria o déficit de leitos para pacientes do SUS

Nara Assunção
igpaulista@rac.com.br
09/03/2013 às 05:03.
Atualizado em 26/04/2022 às 01:32
Hospital dos Estivadores está em reforma desde setembro de 2012 (Nara Assunção)

Hospital dos Estivadores está em reforma desde setembro de 2012 (Nara Assunção)

Tratado como prioridade durante todo o período eleitoral em 2012, o projeto de reabertura do Hospital dos Estivadores será revisado. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (8) pelo prefeito Paulo Alexandre Barbosa e o secretário Marcos Calvo.

De acordo com o prefeito, o hospital não poderá ser reaberto este ano. O espaço em funcionamento iria minimizar o déficit de leitos para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A cidade, que triplicou o orçamento para a área da saúde em uma década, passando de R$ 85,6 milhões, em 2000, para R$273,8 milhões no ano passado não teve, em contrapartida, um aumento no número de leitos. Hoje, são 1.692 contra os 1.850 em 2008, por exemplo.

Ao término de toda a sua recuperação, o hospital terá 237 leitos, dos quais 144 de internação e 20 de Unidade de Terapia Intensiva, além de maternidade municipal com 73 leitos (sendo 10 de UTI e 17 UCI).

A alternativa encontrada pelo governo, foi a ampliação de leitos oferecidos por meio de convênio com a Santa Casa e a Beneficência Portuguesa. O convênio com estes dois hospitais é a cessão de 100 vagas de internação clínica e 20 vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

História

O prédio do antigo Hospital dos Estivadores foi adquirido com recursos da prefeitura por R$ 13 milhões, importância a ser quitada em 10 anos. A unidade, inaugurada em 2 de dezembro de 1970 pelo sindicato da categoria, deixou de funcionar em outubro de 2010. Em 2008, devido a pendências previdenciárias do sindicato, a posse do imóvel foi transferida ao INSS. Já em 2009, a prefeitura iniciou as negociações com o governo federal.

A primeira etapa da reforma, que começou em setembro do ano passado, previa a recuperação do 4º, 5º e 6º andares, além de parte do térreo, de um total de dez pavimentos do imóvel de 11,3 mil m². A intervenção, orçada em R$ 3,5 milhões e custeada com recursos da Prefeitura, devia durar de três a quatro meses o que não aconteceu.

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