RIBEIRÃO

Homem perde olho e família ameaça processar empresa

Segundo irmã, vítima foi obrigada a trabalhar até o final do expediente com olho lesionado por arame

Luís Augusto
luis.almeida@gazetaderibeirao.com.br
26/07/2013 às 11:26.
Atualizado em 25/04/2022 às 10:57
Auxiliar de serviços gerais passou por cirurgia no Hospital das Clínicas ( Cedoc/RAC)

Auxiliar de serviços gerais passou por cirurgia no Hospital das Clínicas ( Cedoc/RAC)

O auxiliar de serviços gerais Anderson Fernando Ferreira Egídio, 37 anos, perdeu o olho esquerdo em um acidente de trabalho na última sexta-feira (19) e a família acusa a empresa de ter sido negligente. O caso aconteceu em uma empresa de jardinagem na avenida Independência, no bairro Sumaré, Zona Sul de Ribeirão Preto. A família registrou um boletim de ocorrência na manhã da quarta-feira (24) e relatou que o homem teria sido obrigado a trabalhar mesmo com o olho lesionado até o final do expediente. “Ele pediu para ser socorrido e para ir embora, mas os donos da empresa não deixaram e mandaram ele acabar o serviço. Ele diz que tinha acabado de almoçar quando aconteceu o acidente e teve que trabalhar a tarde inteira com o olho machucado”, ressaltou a irmã da vítima Andressa Cristina Ferreira Egídio, 31 anos. “O Anderson disse que estava agachado catando lixo e um colega foi puxar um arame que acabou pegando no olho esquerdo dele. O arame furou o olho dele e causou infecção grave que não teve como salvar”, afirmou a irmã. O auxiliar de serviços gerais procurou atendimento médico apenas no dia seguinte, quando foi ao posto de saúde da Vila Virgínia, na Zona Oeste. Devido a gravidade da lesão, o homem foi encaminhado para ser internado no Hospital das Clínicas, onde passou por cirurgia na madrugada desta quinta-feira (25) e teve de retirar o olho esquerdo. “Os médicos explicaram que não teve outra alternativa porque por fora parecia que era só um arranhão, mas por dentro ele teve hemorragia grave e por isso arrancaram o olho dele”, disse Andressa, que garante que a família pretende entrar com uma ação na Justiça contra a empresa. “Estamos estudando o que será feito, mas o nosso advogado já está nos orientando e ele acha que devemos ser indenizados pelo o que aconteceu.” A vítima recebeu atestado médico com repouso garantido por 15 dias e caso consiga ter a pressão arterial estabilizada poderá ganhar alta médica até o final da tarde desta quinta-feira (25). Outro ladoO proprietário da empresa, conhecido como Antônio Carlos, preferiu não comentar o assunto. “O que aconteceu foi um acidente e o meu departamento jurídico está cuidando de todo esse assunto, por isso prefiro não falar nada nesse momento”, disse. Antônio Carlos compareceu no Hospital das Clínicas na tarde desta quinta-feira (25) para acompanhar a recuperação do funcionário. “Vamos dar todo o respaldo porque ele tem todos os direitos dele garantidos.”

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