Segundo representantes do Sindicato, eles não receberam a contraproposta referente aos 5,27% de reajuste para os trabalhadores
Sensação de insegurança deixa carteiros apreensivos nas ruas (Cedoc/RAC)
Mais de mil funcionários dos Correios da Baixada Santista entraram em greve, nesta quarta-feira (18), por tempo indeterminado. A decisão segue o calendário da Federação Nacional dos Correios. Segundo representantes do Sindicato, eles não receberam a contraproposta referente aos 5,27% de reajuste para os trabalhadores. A categoria alega ser contra a terceirização dos serviços e reivindica melhores reajustes salariais. O primeiro dia de greve não teve a adesão de todos os trabalhadores, mas se a paralisação for mantida, mais setores dos Correios serão prejudicados. Neste primeiro momento, apenas pararam os trabalhadores responsáveis pela parte operacional, onde é feita a distribuição dos produtos, mas o atendimento nas agências está normal. No ano passado, os Correios também organizaram uma greve durante três dias na região e 16 dias no resto do país. O motivo também era o reajuste salarial. BancáriosAlém dos funcionários dos Correios, os bancários também devem realizar paralisação a partir desta quinta-feira (19). Os bancários rejeitaram a proposta dos bancos de 6,1% de reajuste, abaixo da inflação do período, e aprovaram a greve por tempo indeterminado em assembleia realizada dia 12. Depois de quatro rodadas de negociações a Federação Nacional dos Bancos disse não a totalidade de reivindicações sobre condições de trabalho, saúde, fim das metas e do assédio moral, fim das demissões, contratação de bancários e o aumento de 11,93%. O dissídio coletivo da categoria é em 1º de setembro.São José do Rio Preto e regiãoCerca de 80 funcionários dos Correios de São José do Rio Preto, Tanabi, Guapiaçu e Votuporanga estão com as atividades paralisadas desde a última sexta-feira (13). Na manhã desta quarta-feira (18), os funcionários promoveram uma assembleia, em frente à Central dos Correios de Rio Preto para discutirem as próximas ações.De acordo com o Secretário Geral do Sindicato, Sérgio Pimenta, a ação adere à greve da categoria que acontece em todo o Estado. Após a reunião, os carteiros decidiram permanecer paralisados até sexta-feira (20), quando acontece outro encontro.Os trabalhadores pedem um reajuste de 15%, R$ 200 de aumento linear para todos os funcionários, sem distinção de cargo ou salário atual, e a manutenção do plano de saúde como está. “A empresa quer mudar nosso plano e nos fazer assinar com uma empresa que fará com que o plano deixe de ser um benefício e se torne uma filiação”, disse Pimenta.Em nota, a assessoria de imprensa dos Correios informou que o vice-presidente do TST, Ministro Antônio José de Barros Levenhagen, encerrou a reunião após a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo (ECT), não chegarem a um entendimento. Apesar da greve, as entregas de correspondências estão sendo feitas, porém com poucos funcionários.